Agarrando a oportunidade.

Fazendo uma pesquisa sobre o futebol, encontrei diversos temas ligados à prática dessa modalidade esportiva na infância do ser humano. Indiscutivelmente, é o primeiro esporte na vida do brasileiro, assim como é o Basquete na vida do americano. A bola é uma das escolha mais utilizadas como presente. A bola é tida como um brinquedo, por que serve de diversão e traz consigo a magia de um esporte popular, ainda mais estando no “País do Futebol”.

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Na imagem o pequeno garoto Guilherme, paulista de 9 anos que é apaixonado pelo Goiás.

Esse introito, serve apenas para amenizar o peso da análise de uma blog voltado à torcida do Goiás Esporte Clube. Seu direcionamento está voltado ao time de futebol e ao clube. Por isso, a análise sobre as chances concedidas aos profissionais da “casa” e de “fora”, associada à postura letárgica e à falta de reação positiva de muitos que aí estão, os quais tem as oportunidades que a maioria sonha em ter desde a infância, mas a desperdiçam e ficam pelo meio do caminho. Um sonho que até começou a ser realizado, mas que não se concretizou.

Aí vem a cabeça alguns provérbios, frases feitas e muitos pensamentos extraídos da filosofia, sendo oportuno citar a tida como chinesa: “Há três coisas que não voltam atrás; a flecha lançada, a palavra pronunciada e a oportunidade perdida”. Quando ainda se é jovem você pode correr atrás de outras chances ou caminhos, mas o tempo na vida, assim como no esporte, é implacável. A idade chega e a força diminui. Existem muitos obstáculos nessa vida, que nos impedem de prosseguir em certas carreiras e, infelizmente, temos de nos preparar para seguir na vida.

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Einstein chega a ser bem otimista ao dizer que “vencer é nunca desistir”. Mas esse pensamento não se aplica a toda e qualquer situação. Afinal, o jogo só acaba quando termina.

No plano fático, você analisa a escalação do Goiás nos últimos jogos e inclui também nessa conta o treinador, para aferir aqueles que estão agarrando as oportunidades e outros que, mesmo as tendo com grande frequência, não conseguem aproveitá-las com sucesso. No último jogo tivemos em campo, contra o Anápolis: Marcelo Rangel; Hélder, Fábio Sanches, Everton Sena e Felipe Saturnino (Alex Alves); Pedro Bambu, Victor Bolt (Walter), Léo Sena e Jean Carlos; Carlos Eduardo(Thiago Luis) e Léo Gamalho. Todos sob a batuta do experiente Gilson Kleina. É óbvio que não posso julgar de forma veemente quem chegou no clube a menos de um mês. Mas também, não posso ignorar aqueles que estão aí há mais tempo e não foram bem-sucedidos até a presente data. Gente que, na linguagem popular, ninguém quer.

Nessa temporada até ocorreu uma situação curiosa. Alguns atletas vieram para um período de testes. Aquilo que no mercado de trabalho chamamos de “contrato de experiência”, onde o aspirante a uma vaga de emprego fica uns meses, geralmente três, trabalhando, para depois ser contratado em definitivo ou dispensado.

Por isso, a tão propagada boa gestão dessa atual diretoria não é suficiente para explicar tanto fracasso em tão pouco tempo (rebaixamento, risco de rebaixamento, falta de patrocínio, eliminações sucessivas e precoces em competições nacionais para times inexpressivos, negociações frustradas), muito menos porque insiste tanto como algumas figuras que ainda “não deram certo” no futebol.

kleina e rassi

O tempo pode até dizer o contrário, mas fica difícil de acreditar que parte desse elenco que aí está irá nos dar alguma alegria. Não vou citar nomes daqueles que estão por baixo, pois isso é desnecessário. Mas pelo desempenho e dedicação de alguns, os quais nos dão esperança, é possível perceber que não vale a pena insistir.

Marcelo Rangel, Fábio Sanches, Everton Sena, Pedro Bambu, Léo Sena, Jean Carlos e Léo Gamalho, além do agora não mais unanimidade Walter, representam uma boa base pra qualquer time da Série B e até para tentar a sorte na Série A. Mas precisam de contratos mais longos e de estarem engajados em um projeto de longo prazo.

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De nada adianta subir e, após um desmanche, tentar montar um novo elenco para disputar a primeira divisão. Precisamos de mais ação, de mais dinâmica e segurança na atuação extracampo do clube esmeraldino. Chega de improviso e de dar oportunidades a esses “mãos de quiabo”, que não conseguem segurar a onda e vencer com a camisa do Verde.

Carlos_Eduardo

Ou se agarra logo essa oportunidade, ou temos de buscar, pra ontem, opções no mercado. Essa desculpa de que temos que esperar o final do Paulista ou outras competições regionais, só serve para nos apequenar cada vez mais. Se não conseguimos contratar na B, na A só conseguiremos com muita grana, mas dificilmente investiremos em atletas de ponta ou com destaque na elite. Só contratamos, com raríssimas exceções, aqueles que não estão sendo ou não serão mais aproveitados em seus clubes. Vivemos de apostas. E quem muito aposta, uma hora tira a sorte grande ou acaba perdendo tudo. Abre o olho Goiás.

ETERNAMENTE SEREI GOIÁS.