Dessa vez vai!?

Nas colunas que escrevo costumo evitar críticas e ataques diretos a determinadas pessoas, mas esse imbróglio envolvendo a renovação de contrato do jogador Patrick com o Goiás é um episódio que merece análise, seja pela parte que demonstra a “dificuldade” do clube em manter um atleta de nível duvidoso, seja pela contradição apresentada no caso, com a diretoria de futebol alegando que ofereceu um incremento salarial para mantê-lo no grupo. Ao que parece, pelo menos essa é a alegação do Diretor de Futebol Osmar Lucindo, o clube quer permanecer com o jogador, mas seu empresário exigiu alguma compensação financeira para assinatura da renovação.

Algumas mídias esportivas tradicionais mencionam a perda de um volante e lateral esquerdo, outras falaram que o atleta “se destacou”. Realmente aí reside uma contradição, pois pra mim trata-se de jogador dispensável, de baixa qualidade técnica e tática, com fama de indisciplinado, que tem como qualidade o fato de ser voluntarioso e esforçado em campo. Não há nada mais a se destacar a respeito dele, pois sua passagem no Goiás, pra mim, não tem nenhuma lembrança positiva a ser considerada, assim como a de muito outros jogadores que ainda estão no elenco.

Mas essa renovação ainda não se encerrou! Assim como no ano passado, quando o mesmo jogador havia deixado o Goiás, logo existe a chance dele voltar. Parece que o empresário deve ser bem influente no clube, pois conseguiu, não só reintegrá-lo, como também arranjou uma posição no time titular. Seria algo grave, se não tivéssemos um time tão ruim como o atual. Por isso, está comprovado que qualquer jogador de nível mediano consegue se dar bem por aqui.

O atleta chegou ao Goiás em 2015, ano em que o time foi rebaixado para a Série B. Ou seja, veio para de um time da Série C (Caxias), por indicação do então técnico Hélio dos Anjos, para disputar a Série A pelo Goiás, como se o futebol vivesse de mágica, a mesma que nos trouxe Araújo e Josué anos atrás. Em 2016, o mesmo atleta teve problemas extracampo, foi barrado no time, ameaçou ir embora, foi ameaçado de dispensa e, pasmem, permaneceu naquele time que quase caiu para a “3ª Divisão” do Brasileiro.

Penso que o atleta, cuja história, vida pessoal ou familiar eu desconheço, merece respeito, pois esse é o papel de qualquer homem de bem, ser leal àqueles que sequer conhece ou que não estão à sua frente. Contudo, essa relação “não deu liga”. O jogador até, repito, se esforçou, mas pra mim está marcado pelo rebaixamento e pela fama de fazer parte de um elenco fraco e cheio de “paneleiros”. Não vou sequer citar aqui o apelido irônico que parte da torcida atribuiu a ele.

Se realmente não podemos abrir mão de um jogador como Patrick, é sinal que a coisa anda muito ruim pelos lados da Serrinha. E hoje, para aqueles que irão defender a permanência desse atleta, que estamos falando de um time que está na zona de rebaixamento para a Série C. Um dos piores time da segunda divisão atual. Esse é o Goiás de hoje.

Por isso, antes que ele volte, é preciso reconhecer que passou da hora de renovar esse elenco, que já tem Pedro Bambu, Victor Bolt, Willians e Elyeser que atuam na mesma posição de Patrick, além dos garotos da base que devem ser aproveitados aos poucos. E não me venham com a alegação de que o cara é canhoto “e coisa e tal”, pois no futebol antigo, assim como no moderno, não existe essa besteira. Quem quer jogar, atua em qualquer posição. Se não voltar, desejo que ele tenha sucesso em seu próximo clube.

Quanto ao Goiás, para um clube que alardeia por todos os cantos que está no mercado, na busca por contratações, que não vai se precipitar, que está de olho em bons nomes, insistir nessa renovação é persistir no mesmo erro e na velha política que acaba com a imagem e o nome do clube.

ETERNAMENTE SEREI GOIÁS!