Era uma vez um Goiás Esporte Clube…

Vergonha, o sentimento é de vergonha. Não consigo expressar melhor o que senti ontem no Serra Dourada. Um time apático, sem esquema de jogo, sem brio, sem preparo físico, sem técnico e principalmente sem diretor de futebol pra contratar jogadores que vistam a camisa do time. E o pior é que adianto: O time não melhorou porque não consegue. Contra o Paysandú foi uma vitória em um lance, BOA um time morto que vencemos em lances “abortados”, Naútico um sufoco sem fim de um time que não ganhou de ninguém, ganhamos pela enorme fragilidade do adversário, perdemos do ridículo ABC e do organizado mas ainda nada espetacular Vila Nova. O time é fraco, mas… tem muito mais aspectos a serem discutidos que esses e ao longo desse texto vou falar sobre quase tudo que leva o Goiás a esse buraco sem fundo que estamos, cavado pela belíssima administração Sergio Rassi since 2014.

Primeiro vou falar sobre os jogadores, sim, os jogadores. Sempre tem aquele papo de que eles são os “menos culpados”, não é o caso dessa CORJA que tomou conta do Goiás. Paneleiros que DERRUBARAM um treinador porque ele não dava rachão e sim treino tático, resultado disso foi o jogo, um time descompactado, laterais tomando nas costas, volantes que não compactam com a zaga, toda hora tinha um meia ou atacante do Vila livre na entrada da área, como explicar? O senhor Léo Sena deveria ter vergonha de se intitular meia, erra 80% dos passes e os 20% que acerta são pra trás. Senhor Tiago Luis, que pança, hein!? Deve ser resultado dos muitos rachões e poucos treinos físicos. Você deveria assistir ao jogo novamente e aprender com o Alan Mineiro como um meia se posiciona Tiago Luis, e olha que ele está meio gordinho como você. Que lerdeza, que lentidão! Léo Sena no alto dos seus 20 anos sentindo câimbras aos 30 minutos do segundo tempo. Bambu nem de longe tem aquele preparo que tinha no Atlético ano passado, o que fez ele ser um bom jogador, porque tecnicamente é comum. Bolt, horroroso, volante comum que se acha o Pirlo e erra tudo que faz, entregou dois gols. Alex Alves, Everton Sena, Tony, Carlinhos e Aylon já provaram que não podemos cobrar nada deles, são ruins mesmo, MUITO RUINS! Finalizando a parte dos “jogadores”, queria parabenizar o gênio que demitiu o Robson Gomes e pedir que ele assista aos jogos do Goiás e veja a maravilha física que é esse time. Para finalizar a parte sobre nossos “heróis esmeraldinos”, hoje ouvi de um torcedor que nem conheço algo que me fez pensar: “Rapaz, conhecendo esse Goiás como eu conheço esses jogadores vão fazer corpo mole por um bicho maior, 4 milhões pra eles vai ser pouco, vão pedir 6 e se não pagarem vão entregar mesmo.” É de se pensar, não é!? (Lembrando que o bixo de 4 milhões é o maior da série B, maior até que do Internacional, sem falar que bixo em futebol é PILANTRAGEM, jogar pra ganhar é obrigação)

Agora sobre nosso diretor de futebol e toda a diretoria esmeraldina, assunto calejado já, né? Mas vamos lá. O senhor Osmar Lucindo preferiu o silêncio quando as acusações do Sérgio Soares. Pra mim silêncio é coisa de culpado, aquele que sofre uma injustiça não consegue ficar calado. Senhor Osmar esse que nunca pegou um avião para contratar NENHUM jogador, que perdeu nomes como Luigy e Jorge Henrique, que contrata por whatsapp. Qual será a nova especulação de “estrela” que “chega amanhã” hoje? Porque sempre após uma derrota, é isso. Contei um pouco sobre tudo que acontece no Goiás para um torcedor do Naútico amigo meu e a resposta foi: “Lamentável, o Goiás tinha tudo pra ser um grande clube.” E tudo que temos é incompetência. De um presidente que nos faz virar chacota desde 2014, ficando por dois anos seguidos atrás do Vila em uma série B, que deixa jogadores mandar e desmandar num clube; um presidente do conselho que só sabe falar asneiras e fazer do Goiás seu brinquedinho. É muita coisa para escrever, não dá pra descrever o tamanho do buraco que o Goiás está, é desanimador, ridículo, vexatório, constrangedor.

Sobre o técnico Sílvio Criciúma, tenho pouco a dizer, resumo com um: COITADO. Um cara sério, muito profissional quando ainda jogador, mas parece o senhor Rassi, pacífico, aceita ordens de quem deveria dar ordens e está lá apenas para fazer as vontades dos paneleiros. Basta ver a parada técnica no jogo, quem fala são os jogadores, ninguém escuta a voz de quem deveria dar uma bronca, balançar os jogadores, motivar e posicionar, retrato mais que claro que quem manda e desmanda são os jogadores. Afinal, eles decidem até o que vão treinar, né!? Sinto muita falta de um treinador grande no Goiás, mas que tivesse autoridade pra trabalhar, mexer no time e dar bronca em jogador. Foi assim com Geninho e assim com Enderson e por muitas vezes com Hélio dos Anjos. O Goiás só funciona quando o treinador tem o time na mão, manda e eles claro, obedecem. Fazendo uma rápida referência o treinador do Vila mesmo não sendo de elite nacional montou um bom esquema tático, na parada técnica orientou o time e todos escutaram e colocaram em prática. Com Sílvio jamais subiremos, infelizmente.

Para finalizar, talvez ontem tenha sido o dia que mais senti vontade de abandonar os jogos no estádio em minha vida. Não há mais lugar para família em estádio. O que eu vi de covardias não foi brincadeira. Conheço aos montes torcedores de bancada que iam comigo e assistiam ao jogo junto comigo em 2009/10 que hoje não passam na porta de um estádio, a explicação foi esfregada em nossas caras hoje. Além do desconforto do estádio, times ruins, preços altos o maior fator é a violência. Ninguém vai abrir mão de suas famílias, suas vidas por futebol, ninguém. A geração de “torcedores” (leia-se marginais) está afastando os verdadeiros torcedores do estádio. A impunidade prejudicou até o futebol.

Finalizo esse texto triste, pela derrota, pela forma como foi a derrota, pelo que fizeram com o Goiás mas principalmente pelo que o futebol virou. Jogo de vaidades, lavagem de dinheiro, coisa de peixe grande e mente pequena (no caso, as mentes pequenas são os brigões). Infelizmente o Goiás e o futebol goiano estão morrendo e ninguém se esforça para salva-los.

Saudações esmeraldinas.