O fio de esperança na permanência

Foto: Rosiron Rodrigues / Goiás E.C.

Meu último texto foi em 3 de julho de 2017. Tem mais de 3 meses. Prometi a mim mesmo naquela data que só iria escrever novamente se algo muito significativo acontecesse no Goiás. No último texto, você pode ler clicando aqui, falei de muitas coisas, no entanto, que parecem persistir em acontecer. Primeiramente digo que a ‘vacina anti-jestão’ continua ativa, pois o novo presidente tem as mesmas atitudes que o anterior. Prova disso é o calamitoso desastre ocorrido após ter assumido. Partindo disto, e classificando que houve uma coisa boa nisso tudo, tento trazer um pequeno fio de esperança na permanência da Série B para 2018.

Esqueçamos saída de Rassi, que apesar de ser excelente administrador financeiro e excelente pessoa, deu errado no futebol e insistiu que poderia dar certo, esqueçamos a volta de Criciúma, que conseguiu a façanha de treinar um time durante uma semana, e escalar outro para o jogo alegando que Aylon era super inteligente. Esqueçamos, enfim, tudo que aconteceu até ontem, dia 10 de setembro de 2017. Não preciso comentar mais, pois todos estão vendo, e todos tem sua opinião acerca dessa palhaçada histórica que ocorre com o nosso tão amado Goiás Esporte Clube. A única, digo única certeza que temos, é que dirigentes passam e o clube fica, mas ultimamente até a história do clube temos temido, afinal nunca conseguiram enterrar tanto o time esmeraldino como atualmente fazem.

Enfim,

OSMAR LUCINDO SAIU FORA!

Boa notícia? CLARO! Finalmente e ao que parece, ele mesmo percebeu que não dá conta. Ele teve que perceber algo que nem seu superior hierárquico, que tanto insistiu na sua permanência, conseguiu perceber. Então, não precisamos tocar mais neste assunto. Que ele volte para a base e faça o trabalho dele por lá. E se não der conta da base, que achem um melhor também.

E o futuro sem Osmar? Sim, teremos um futuro sem ele, pelo menos ainda em 2017. De maneira até, considero eu, inteligente, Márcio (goleiro) foi chamado para fazer a função-tampão deste cargo em aberto até o fim do ano. Vejo muitos torcedores dizendo que ele foi afastado e agora ganha cargo, etc, mas não é bem assim. Ele foi afastado, supostamente, por alguma deficiência técnica, algo que não poderia melhorar o profissional do clube. Mas, acertadamente, consideraram sua experiência no trato com os jogadores, e nada melhor do que uma pessoa assim para solucionar a questão. Vejam bem: não digo que ele é a solução dos problemas, mas alguém se arrisca a dizer que ele tem menos experiência que Osmar Lucindo? Não vai contratar ninguém mesmo, então que ele seja a liderança nisso.

Partindo para essa liderança, chegamos ao ponto de definição em 2017: a permanência na B. Primeiro, acredito que isso passa claramente pela saída de Sílvio Criciúma. Tenho sérias dúvidas que ele vença o Santa Cruz fora de casa nesta briga direta pela zona de rebaixamento. Digo isso não torcendo pela derrota, mas sim, e com sofrimento, sabendo da atual condição do elenco (totalmente desmotivado) e de um cara que na terceira chance já demonstrou que não dá conta.

Ah, ele não gosta de ‘torcedor de internet’. Um erro dele. Mas não vou discutir isso. Assim como eu, torcedor de internet, não acredito que um treinador com a terceira passagem no mesmo ano não dê conta de resolver os problemas do time. Silvio Criciúma se resume em repetir erros e tentar buscar no passado de algumas poucas vitórias a repetição de escalação. Não é essa a receita pro sucesso. Pode ser que sem Lucindo o choque necessário de fato aconteça para o elenco, mas não o suficiente para mudar uma postura dentro de campo. Assim, com a derrota dele (provável) no próximo jogo, é notório que o Goiás vá atrás de um técnico, afinal a última coisa que parecem querer dentro da Serrinha é uma queda para a Série C.

Sobre o Silvio, se realmente tivesse qualidade, não estariam cotando a volta de Augusto César a base. Desejo sorte ao Silvio, foi meu ídolo no passado, mas hoje precisa se aperfeiçoar antes de voltar a treinar um clube de futebol profissional.

E o novo técnico? Observamos sondagens em nomes como Rogério Zimmermann, Marcelo Veiga, dentre outros neste mesmo perfil. Antes de questionarem nomes, temos de avaliar algumas situações: ‘desceram a peia’ num tal de Hemerson Maria ano passado, hoje ele tem um dos elencos mais contestados da Série B na terceira posição. Então, vejamos não só o nome, mas o perfil dos caras. Ambos estes citados são conhecidos por campanhas longas (3 ou 4 anos) nos clubes em que se destacaram. Estaria o Goiás, finalmente, pensando a longo prazo?

E o novo gestor? Está claro que haverá primeiro a definição da Série B ou C para a contratação de um gestor. Mas tenho uma certeza: observando o costume com a ‘vacina anti-jestão’, tenho certeza que será alguém que tenha jogado aqui ou que tenha alguma história com o clube. Independente de série.

Então, caros leitores, tenho uma certeza: só não cairemos por (1) tem times piores que os nossos, assim como no ano passado foi, e (2) trocaremos o treinador a tempo de auxiliar na contenção do desastre maior. As coisas estão acontecendo a ritmo de tartaruga e de acordo com as testadas doídas da diretoria na parede, mas é a primeira vez desde o início da Série B que vejo mudanças significativas para tentar mudar algo. 

DE OLHO, ESMERALDINO!

 

1 – Marcelo Rangel vem sendo culpado de algumas coisas que não são sua culpa. O gol contra o Paraná, por exemplo. A segunda bola era dele? Ninguém foi atrás da segunda bola. Um problema corriqueiro mencionado pelo expert tático Rodolpho Chinem há muito tempo. Mas, confesso que gostaria de ver Renan novamente no gol.

2 – Meu amigo Toin Siriano diz algo interessante: o Goiás tem melhor elenco que ano passado, mas vem numa sequência de treinadores que não sabem escalar. Será que a motivação – que tanto falta – melhoraria se fossem escalados, verdadeiramente, os melhores?

3 – Mesmo saindo Lucindo, chegando técnico novo, diretor de futebol experiente, não se iludam: a forma de gerir o clube é a mesma, então, tomem suas ‘vacinas anti-jestão’ antes de criarem algum tipo de esperança.