Descoberto pelo Goiás Esporte Clube quando defendia o Goianésia, o atacante Michael ganhou fama em todo país pelo seu carisma e claro, pelo seu grande futebol. O jogador que sempre demonstrou alegria e felicidade com a bola nos pés, parece não sentir o mesmo jogando fora do Brasil. O atacante atualmente defende o Al-Hilal, da Arábia Saudita, onde inclusive se sagrou campeão saudita pelo clube. Agora, passando férias no Brasil, o jogador mais uma vez demonstrou seu enorme desejo em permanecer no país pentacampeão mundial.
Michael não se diz feliz no Al-Hilal
Michael concedeu uma entrevista ao canal do Alê Oliveira no Youtube, onde abordou diversos assuntos, entre eles a sua vontade de voltar a jogar no Brasil. O desejo de retornar ao Brasil, segundo Michael, passa pela dificuldade de adaptação desde que chegou à Arábia Saudita. Mesmo sendo bem recebido por diretoria, torcida e por parte do elenco do Al-Hilal, o atacante admite que “não está sendo ele mesmo” no país.
Lá tem sua cultura. Sou um cara muito alegre, gosto de música, gosto da resenha. Lá é um pouco diferente. Lá eu tenho que não ser eu. É realmente um trabalho. Eu chegava no Flamengo e o pessoal falava: ‘O doidinho chegou’. Chego cantando, gritando, converso com todo mundo. Aí chega lá…eu não falo inglês, não falo árabe. É difícil para mim essa adaptação. E eu sou um cara que gosta de treinar demais, então é difícil para mim – revelou Michael
Pode ser que um dia goste de estar lá? Pode ser. Tenho o carinho de vários jogadores, não de todos. Tem uns que já não gostam de mim, falam que sou ‘good crazy’. Os caras da diretoria gostam de muito de mim, os torcedores gostam de mim. Só que não sou eu, não tenho mais aquela vontade de estar ali. Estou trabalhando, sou profissional, sempre vou cumprir tudo o que foi determinado. Mas não sou eu. Sou apenas um cara que vai para o trabalho e faz bem feito. Sou um funcionário. Se eu estiver estressado ou triste, eu não jogo. Tem dia que eu jogo e parece que não sou eu – afirmou o atacante.
Por fim, o jogador revelou a alegria de quando defendia o Goiás Esporte Clube. Segundo o atacante, não será o dinheiro que tomará os rumos em sua carreira.
Dinheiro para mim…tanto faz quanto tanto fez. Já vivi com pouco. Hoje eu tenho, graças a Deus. Mas não é o dinheiro que me move. Quando eu saí do Goiás para o Flamengo eu ganhava um valor que quando eu falava, as pessoas diziam ‘você não ganhava só isso’. EU GANHAVA, MAS EU ESTAVA FELIZ. O importante para mim não é o valor que eu estou ganhando, é quem eu sou no clube. E o que aquele clube representa para mim. O dinheiro vai e volta. O que importa é a amizade que a gente constrói e que leva para a vida – completou Michael.
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