Não, não vou aqui falar de índole de ninguém, muito menos de caráter de pessoas. Vou falar aqui sobre futebol, e, vocês leitores, vão entender o motivo desta frase colocada como título deste pensamento. Estudei e analisei bastante antes de escrever isso aqui, mas depois de ontem, cheguei a real conclusão que nada é além daquilo que todo mundo já sabe.
Ontem li de um torcedor uma frase interessante: que o Enderson Moreira é o Senhor Maturação. E analisando, é isso mesmo! Cansamos de escutar dele e de Felipe Ximenes que o elenco está maturando, que esses jogadores podem render melhores frutos, etc., etc., blá blá blá. Todos os torcedores já sabem dessas conversas.
Foto: Divulgação.
Entretanto, ao que tudo indica, a casca dessa fruta (elenco e comissão técnica) podem até aparentar estarem boas, mas o conteúdo já está podre. O torcedor (consumidor da fruta) já conhece bem o produto, e sabe que a casca não engana mais. Aliás, ela deve ser descartada para não gerar problemas maiores caso consumida.
Este é o Goiás hoje. Um elenco que não mostrou capacidade, e ao contrário de qualquer planejamento, vem caindo de produção ao longo do ano ao invés de demonstrar crescimento e a verdadeira maturação. Além disso, a – teimosa – comissão diretiva/técnica do futebol profissional tenta incutir na cabeça do comprador do produto que tudo está muito bom e muito bem.
Não está.
A promessa no início do ano foi de uma equipe competitiva até mesmo na Série A, sem apostas, e com profissionais realmente qualificados para levar o clube ao título goiano, a uma ótima participação na Copa do Brasil, e ao acesso na Série B! Palavras do presidente executivo do clube!
Começou errado: o treinador, depois que saiu do Goiás em 2013 de uma maneira contestadíssima, não conseguiu nenhum resultado pelo menos razoável em nenhuma outra equipe, e foi contratado como uma aposta para esta temporada. O gestor de futebol? Outra aposta. Depois do acesso do Coritiba em 2010, não obteve nenhum resultado satisfatório frente aos outros clubes. Foi doído chegar a essa conclusão do comandante máximo atual do futebol esmeraldino. Eu era um dos que acreditava nele no início.
Com um comando de futebol apostado e caro, chegaram os jogadores. Aliás, quantos deles eram efetivas realidades nos clubes que jogaram em 2015? Deixo para você, leitor, fazer a contagem. Estes jogadores, inclusive, são muitos do que o próprio treinador reclama de erros infantis. Como se não bastasse isso, os bons atletas trazidos estão lesionados ou tem um déficit técnico inacreditável neste começo de temporada.
Eliminado na Copa do Brasil para o grandioso River-PI, timaço que deu trabalho na Copa do Nordeste e foi eliminado na fase seguinte pelo glorioso Botafogo-PB (que já eliminou o Goiás outrora), o Goianão foi a redenção do excelente início de temporada. Com isso, para que contratar jogadores? O elenco que está aí dá conta do recado! SIC!
Mas, mesmo assim, reforços nível Léo Lima foram prometidos. Chegaram Rossi e Higor Leite. É, agora rái!
A queda de rendimento é evidente. Depois da vitória sortuda contra o Tupi na primeira rodada, jogo que nem me convenceu, o time esmeraldino vem de vexame em cima de vexame, e ainda se alimentando de 'bons segundos tempos' contra o adversário, deixando a entender que isso tudo parece ser meramente azar.
Azar? Nada. Falta de capacidade mesmo. Falta de capacidade do treinador, do diretor de futebol (que deu demonstrações que era um dos maiores sábios do futebol moderno), dos jogadores, e principalmente da presidência, que terceirizou sua gestão (como disse o nobre amigo Cidner Oliveira), e finge estar tudo bem para evitar maiores complicações.
Aliás, reclamar de falta de tempo para treinar também virou clichê no futebol. TODOS os treinadores hoje sabem como é a sequência do futebol nacional. Ela não foi instituída este ano. E essa desculpa é vista por todos eles que estão na corda bamba. Isso não me surpreende mais.
Pois é. O torcedor já está vacinado. E ele, assim como eu, sabemos que se essa fruta podre da casca boa não for trocada agora, ou seja, se não for mudado comando de futebol, técnico, atletas, etc., esse time não chega nem perto do acesso. A teimosia é grande, e o choque se faz necessário para sacudir as estruturas esmeraldinas.
Sabe o que me surpreende? Isso não é a primeira vez que acontece, e tenho certeza que não vai ser a última.
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