Léo Condé, o técnico ‘sem sal’

Muito me preocupa a atuação do atual técnico esmeraldino. Léo Condé, por mais que tenha feito uma campanha melhor do que a de Enderson Moreira, ainda não conseguiu deslanchar, e tem seu time praticamente na mesma posição que seu antecessor deixou. E olha que não é falta de tempo para trabalhar, e, além desta falta de tempo, reforços, voltas do DM e dispensas ocorreram, o que em tese deveria melhorar o trabalho do mesmo.

Léo Condé foi contratado com um status de confiança. De modo geral, a torcida foi convencida que ele faria um bom trabalho, inclusive até eu mesmo acreditei e dei meu voto de confiança. Mas, assim como acontece com a sequência de azar do clube neste ano de 2016 – azar este, no geral, que ainda teve insistência da diretoria para que fosse mantido – ele não vingou.

Sim, não vingou. Não deu conta. E não vai dar. Série B é um campeonato que precisa ser jogado com mais pulmão, mais raça, mais dedicação. O elenco do Goiás, em sua maioria, é mais técnico, e isso não é bom. Rossi, por exemplo, vindo contestado, tem em sua vontade o destaque na Série B. Já o técnico…

Alguém já o acompanhou? Viu como ele lida com a equipe? Ele é passivo, fala baixo, parece até mesmo alguém que deveria seguir outra profissão que não seja a de treinador de Série B. Aliás, analisando bem seus números, me surpreende ele ter feito uma campanha tão positiva com o Sampaio Correia ano passado. Em resumo, Léo Condé não tem nada de especial. E como não tem voz dura de comando, não tem tato para literalmente gritar com o time buscando na inspiração o resultado, é um treinador 'sem sal'. Não existe melhor termo para defini-lo.

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Foto: Rosiron Rodrigues / Goiás E.C.

Esse é, sem dúvida, o pior ano – em campo – do Goiás. Nada dá certo, mas também os evidentes erros mostram que a diretoria não soube agir em tempo hábil. Demora muito para que tenha alguma ação no clube. Aliás, parece até mesmo que a ideia de permanecer na Série B agrada a diretoria. Hoje minha preocupação é outra: cair para a Série C. E isso não é complicado!

Este time técnico, cheio de 'não me toque', de conversinha fiada em entrevista coletiva para justificar o que erra todo jogo, não me convence mais. O treinador também está em xeque. O 'sem sal' não agrada, e não me convenço que ele fará mais alguma coisa de interessante no clube.

Além do acima dito, o Portal Esmeraldino fez as contas: mostrou que o rebaixamento é mais próximo do que o acesso de acordo com a matemática, e isso preocupa.

     LEIA MAIS: Números para rebaixamento preocupam mais do que acesso.

Para fechar a brincadeira, além dos números, Condé em seu treino na formação titular ainda insiste em manter como dupla de zaga os lentíssimos Wesley Matos – que tem falhado quase todo jogo – e Anderson Salles, que também não está em seu melhor momento. Zagueiros mais rápidos como Deivid Duarte e até mesmo (nunca pensei que diria isso) Felipe Macedo, tem ficado de fora.

Faltam opções? O que falta. Falta PULSO para resolver a situação. Não precisa nem só ganhar, se o futebolzinho do Goiás amanhã não convencer – assim como nunca convenceu esse ano – a diretoria já tem que trocar de treinador.

Ou estes reforços estreiam agora, juntamente com um choque de gestão – ou seja, que saia de dentro do Goiás um pulso firme para cobrar – ou então já podemos pensar no PFC Série B do ano que vem.