Opinião: Um Goiás cada vez menor

Goiás
Foto: Rosiron Rodrigues

No final do ano, após mais um dos incontáveis rebaixamentos, resolvi escrever esta coluna para, além de desabafar, dar um voto de confiança aos responsáveis pela gestão política, administrativa e desportiva do Goiás Esporte Clube. E, eis que passados menos de três meses, o time esmeraldino conseguiu a façanha de se fazer menor do que já era, colecionando fracassos incompatíveis com sua história, como foram as eliminações para o Goiânia e para o Vila Nova, em plena Serrinha, em jogos difíceis de se assistir, com atuações abaixo da crítica, havendo quem diga que o elenco de 2024 já é o pior de nossa história.

Em menos de 24 horas, a nova diretoria já agiu e promoveu algumas mudanças, dentre elas as dispensas de Agnello Gonçalves e do treinador Zé Ricardo. Mas o que fazer com o passivo que eles deixaram, sobretudo com jogadores que não tem a mínima condição de vestir a camisa esmeraldina?

Obviamente, não sou imbecil a ponto de desprezar a existência de contratos de trabalho e outras avenças, dentre elas parcerias comerciais com empresas e empresários, mas não há contrato que resista ao baixo desempenho técnico desse elenco desprezível que nós temos hoje. Desprezível, porque existem atletas que não dispõe de qualidade suficiente para vestir o manto esmeraldino e pelo fato de que, aqueles que tem ou possam ter, não entregam o que podem ou devem entregar.

Isso mesmo, já tem atletas velhos e novos atuando aquém de sua pouca capacidade. E não venham dizer que estão jogando no sacrifício, pois não há nada mais antiprofissional do que ir a campo sem condições físicas e mentais para exercer a profissão. Então, não temos só um clube desorganizado e sem planejamento, como também um elenco semiamador, que precisa de reformulação urgente, começando pela dispensa da maioria deles, mas começando por nomes como Vinícius, Dieguinho, Alano, Weverton, Cristiano, Sander, Edson, Jhonny Lucas, Ian Luccas, Juninho e Getúlio.

Não vejo vontade e capacidade neles para servir aos interesses do Goiás. E essa lista pode aumentar, caso tenhamos que fazer uma reformulação voltada ao acesso para a Série A, o que já acho muito difícil, devido ao avançar da temporada e a política de investimentos do clube, que não tem dinheiro e nem patrocínio.

Quanto ao time, sem padrão de jogo, sem destaques ou qualquer menção honrosa, não é razoável queda de rendimento físico em tão curto espaço de tempo. Vexatório para o futebol atletas profissionais com câimbras em menos de 90 minutos de jogo. Não dá para afirmar que tivemos uma batalha tão desgastante assim contra esses times de pequeno porte que enfrentamos no estadual e na Copa Verde. Fomos desonrados naquele que deveria ser nosso templo sagrado, que é o Estádio Hailé Pinheiro. E o que é pior, em frente a um grande público, incluindo a grande presença de mulheres, crianças e idosos.

As medidas adotadas até agora não são dignas de nota, pois ainda saberemos se Agnello e Zé Ricardo foram feitos de “boi de piranha”. É claro que se passaram somente 24 horas do último vexame da temporada, mas não acredito que muita coisa deva mudar. Espero que não comecemos a Série B com técnico interino. Se assim for, é melhor utilizar somente o pessoal da base e dispensar os contratados. Então, temos de aguardar para saber se teremos um time capaz de brigar para não cair para a Série C. Hoje eu não acredito!

ETERNAMENTE SEREI GOIÁS.

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