A palavra TESTE não poderá mais existir no Goiás. Passado quase 1/3 da competição estadual, o Goiás é líder. Mas, em mais um fraco Campeonato Goiano, pouquíssimos torcedores ainda apostam que o time tem condições de melhora. O time já atuou seis vezes este ano, sendo duas por amistosos e quatro pela competição estadual, e a única coisa que se enxerga é um ‘padrão as avessas’.
Marketing, comunicação, tratamento com a torcida, são coisas que melhoraram no clube. Harlei também chegou e está sendo acertadamente elogiado pelas contratações que tem feito. Mas, justamente as que ainda faltam, têm prejudicado o Goiás neste início de temporada. Faltam laterais – o que ficou ainda mais evidente com a entrada de Saturnino ontem – e pelo menos um atacante que joga pelos lados.
Mas, sem contar com as faltas, vamos ao padrão de jogo. Em quatro partidas no Goianão, foram seis gols marcados, sendo eles cinco de Gamalho e um de Éverton Sena. Destes seis, quatro foram de bolas paradas, e dois de rebotes. Não há uma efetiva jogada trabalhada. Sempre observamos um ‘vazio’ por ali. Falta alguma coisa. Seria essa falta uma espécie de Rossi?
Dos gols sofridos, foram três até o momento. Todos de bola parada. E, só não foram mais pois o atual goleiro realmente excede expectativas, mostrando técnica, segurança e principalmente capacidade para defender a meta esmeraldina. Muitos arriscam a dizer que foi a melhor contratação do ano.
Enfim, no Goianão estamos vencendo e empatando, mas pela – novamente – péssima qualidade do campeonato, o Goiás não tem convencido nem o torcedor menos exigente. Isso é realmente preocupante.
Comparando com os amistosos, tivemos o 1×1 com o Uberlândia e o 2×0 contra o Brasília. Os três gols marcados pelo Goiás foram de bolas paradas.
Em resumo, não perdemos ainda, mas também não fomos convencidos.
2017 é preocupante com isso. Ao que tudo indica, Kleina acredita que padrão de jogo é manter a formação sempre. E não é. A insistência com um Walter pesado, a escalação de um lateral esquerdo reserva que nunca demonstrou qualidade, a falta de padrão de jogo, etc. O que tem decidido as partidas não são os padrões do treinador, e sim a capacidade individual dos jogadores, principalmente de Léo Gamalho. Se tem um grande responsável pelo momento ainda controlado, é este rapaz.
Os próximos sete dias, desta forma, são essenciais para garantir o sucesso do Goiás. O treinador vai ainda depender da individualidade de seus atletas? Ou vai realmente dar uma cara ao time? Temos Goianésia – adversário historicamente complicado – fora de casa, e o jogo único da Copa do Brasil em Sergipe, onde caso perca, o time esmeraldino está fora.
Harlei, fique de olho. Uma situação está sendo desenhada até então. O Goianão não serve de referência. Será que precisaremos ver uma desclassificação na competição nacional, e escutar novamente como foi com Enderson Moreira ano passado que o River-PI era perigoso? Não. A torcida quer resultados. E a torcida observará atentamente jogos contra o Goianésia e Itabaiana.
Já que Gilson Kleina exige bastante quando assina ou renova contratos, está na hora também da cobrança ser forte em cima dele. Ou faz o que deve ser feito, ou não serve para treinar o Goiás.
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