A “FAMÍLIA” CRICIÚMA!

A última vez que ouvimos falar em família no futebol, pelo menos com mais ênfase na união, amizade e harmonia do elenco com a comissão técnica, presenciamos sem sombra de dúvidas o maior vexame de uma seleção de futebol, sem necessidade de fazer aqui menção ao nome e placar do jogo.

Tendo por base justamente essa integração, observa-se Goiás vive uma série de contradições, pois é um clube marcado por dissidentes e grupos isolados, tanto no elenco, quanto na administração do futebol, sendo salutar utilizar a expressão popular “panela”, para definir o comportamento mais claramente vivenciado no Goiás Esporte Clube, influenciando de forma extremamente negativa pelo menos nos últimos dez anos.

Quando o Clube mostrou que adotaria providências para reação da equipe na Série B, isso há cerca de duas semanas atrás, uma das medidas foi a indicação do sempre atuando Edmo Pinheiro, o conhecido Edminho, o que gerou grande desconfiança, assim como gerou a quase contratação do ex-treinador da Seleção Olímpica de Futebol, Rogério Micale, ao que parece, sem trabalhar efetivamente desde a conquista da medalha de ouro com o Brasil. “E dizem que ouro traz sorte”!

O desfecho dessa história só não foi favorável ao treinador Micale e ao seu avalista Edminho, graças à intervenção declarada do elenco, reclamando a permanência de Sílvio Criciúma à frente da comissão técnica, fazendo com que a negociação fosse frustrada e expondo a falta de organização, controle e autoridade das pessoas que falam em nome do Goiás.

Agora vão ter que contar com o sucesso ou sorte de Sílvio Criciúma na condução do grupo, ou dispensá-lo antes de comunicar a medida ao elenco. Isso porque a tabela da Série B vai ficando cada vez mais difícil, tendo o Goiás duas partidas seguidas fora de casa, contra equipes que vem bem na competição (Guarani e Criciúma), o que pode representar consagração ou naufrágio para o comandante do time Esmeraldino. Para não ficar em cima do muro, é óbvio que, com os pés no chão, eu torço para que esse milagre aconteça, uma vez que Sílvio não mostrou capacidade técnica, seja para comandar o time, seja para dar confiança e conquistar o acesso.

Essa abordagem dispensa, por hora, críticas ao elenco contestado desde o início da temporada, pela falta de regularidade, pelo comportamento dos atletas dentro e fora de campo e, sobretudo, pela visível falta de raça, disposição e preparo físico dos jogadores. É sempre expectativa que temos, com alguns lampejos de alguns, mas não passa disso ou de frustração.

Finalizando, vou torcer para a FAMÍLIA CRICIÚMA mostrar que o passado que me reportei na abertura desta crônica foi apenas uma grande e isolado acidente, que ficará escondido na história. Que o ideal será confiar! Acreditar sempre na “palavra e caráter dos homens” que integram o elenco esmeraldino, os quais estão aí para entrar para a História, salvando a honra do clube, a própria e a desse treinador tão querido e admirado nos tempos de jogador.

ETERNAMENTE SEREI GOIÁS!