Brasileirão varia números de cartões apresentados de acordo com cada árbitro; veja o ranking dos mais severos

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O objetivo do VAR era conseguir uniformizar a arbitragem, porém no Brasileirão é mostrado um cartão amarelo ou vermelho a cada 5,5 faltas ou o dobro disso, 11 faltas, dependendo do árbitro que está apitando a partida. Vale ressaltar que o tipo de falta varia a cada lance, mas também é verdade que a média de faltas marcadas pelos árbitros varia em 28% enquanto o número de faltas necessárias para que um cartão seja mostrado varie 100%.

Cartões no Brasileirão variam de cada árbitro

Cada árbitro tem uma maneira de conduzir o jogo. Uns optam por marcar mais faltas e outros por aplicar mais cartões. O ideal é o árbitro estar sempre próximo das jogadas, agir preventivamente, dialogar e chamar a atenção dos jogadores. A aplicação do cartão, sempre que possível, deve ser o último recurso para estabelecer o limite e deixar claro qual tipo de “entrada” não será aceito – disse o comentarista de arbitragem da Globo Paulo Cesar Olivera.

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Brasileirão Mínimo de seis jogos apitados – Foto: Espião Estatístico

A tabela mostra que no Brasil os árbitros ainda utilizam muito a tática de controlar o jogo marcando faltas e aplicando cartões. Alguns árbitros mais do que outros, porém a comparação entre eles demanda cautela. Isso porque o numero de cartões em uma partida não está exclusivamente relacionado à condução do árbitro, mas também ao comportamento dos jogadores, à rivalidade entre as equipes e ao ambiente da partida – afirmou o comentarista de arbitragem da Globo Sandro Meira Ricci.

Sem dúvida, cada árbitro tem um estilo de arbitragem, e cada jogo tem sua própria história. Mas chama a atenção a diferença de cartões aplicados no Brasileirão porque, ao longo da competição, os árbitros trabalham em jogos de várias equipes, mas a variação no número de faltas é bem menor do que a variação do número de faltas para cada cartão mostrado.

A arbitragem brasileira tem critérios diferentes para a aplicação de cartões. É normal uma pequena diferença no critério, mas os números mostram que a diferença é muito grande. Tem árbitro com média de um cartão a cada 5,5 faltas e outro com média de um cartão a cada 11 faltas. Esses números mostram que cada árbitro apita como quer e não como são instruídos. É necessário a Comissão Arbitragem aproximar os critérios, instruindo e corrigindo os árbitros dos extremos – disse o comentarista de arbitragem da Globo Sálvio Spinola.

O quadro abaixo mostra a relação de faltas marcadas por cartão apresentado por essas faltas para os árbitros que apitaram menos de cinco jogos do Brasileirão. Embora um número menor de jogos abra a possibilidade para discrepâncias que distorcem uma análise, também mostra que um árbitro pode ser muito tolerante com um alto número de faltas cometidas antes de mostrar ao menos um cartão amarelo.

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Quanto menos jogos apitados no Brasileirão, maior a chance de haver um extremo — Foto: Espião Estatístico

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