Com Tadeu como ídolo, garoto dribla a surdez para ser goleiro no Goiás

Foto: Reprodução/TV Anhanguera

O garoto Heitor, de 11 anos, tem o sonho de se tornar goleiro profissional. A tarefa, por si só, já é difícil. Mas para ele, é ainda mais. O garoto tem que superar sua surdez para manter a rotina de treinos na Ovel, clube de base de Goiânia que já revelou vários atletas, dentre eles o atacante Dudu, ex-Palmeiras.

De acordo com Ítalo Tanja, treinador de Heitor, ele participa das atividades normalmente com outros colegas, mas também realiza treinos específicos por conta da deficiência auditiva. Trabalhos que promovem a interação esportiva e social do menino.

“Pra gente, foi um desafio tremendo. Somos uma equipe muito profissional e, juntos, desenvolvemos vários trabalhos para que ele pudesse ser incluído no nosso meio. Sabemos que é difícil, pois a fala e o comando auditivo são necessários no treino de goleiro. Conseguimos inserir no Heitor boas técnicas com adaptações que fomos criando ao longo do tempo.”

Um dos ídolos de Heitor na posição é Tadeu, goleiro do Goiás. Os dois se encontraram no centro de treinamento do Goiás, o camisa 23 esmeraldino pôde passar algumas dicas ao garoto. Além disso, Tadeu ressaltou o talento que viu em Heitor e destacou o quão difícil é defender sem ouvir o barulho do chute na bola.

“É muito mais difícil. Por mais que você consiga ver a saída a bola, você não escuta o barulho e fica um pouco estranho. É uma dificuldade muito grande. Temos que aplaudí-lo. Os treinamentos já são difíceis. Para ele, fica ainda mais com essa dificuldade para ouvir. Mas é um goleiro ágil, rápido e com uma técnica muito boa”, destacou Tadeu.