Criação da nova liga no futebol brasileiro não vai resgatar clubes da Série B

Goiás
Foto: Divulgação/CBF

Em entrevista para o canal do jornalista Mauro Cézar, do UOL Esporte, o presidente do Bahia, Guilherme Bellintani, foi questionado se a criação da nova liga no futebol brasileiro resgataria os clubes que estão na Série B que irão participar da novidade.

“Quando as pessoas falam assim que o futebol brasileiro não evolui, eu não concordo com isso. Eu acho que há uma evolução numa velocidade menor do que poderia ter e até uma evolução numa velocidade menor do que a gente precisa, mas o futebol brasileiro evoluiu sim por uma estabilidade. Hoje, a ideia, por exemplo, de formar uma liga e ela não ter no primeiro ano apenas os clubes que estavam na primeira divisão no ano anterior, retirando os quatro que caíram no ano anterior e incluindo os quatro que subiram no ano anterior”, explica Bellintani.

Logo depois, completou: “É meio óbvio, qualquer coisa diferente disso me parece uma assalto à mão armada ao futebol brasileiro, portanto, não há espaço para nada que seja considerado um jeitinho, um ajuste diferente do que o futebol brasileiro conquistou até agora. Eu acho que um grande valor da liga vai ser se apropriar desse avanço que o futebol brasileiro teve nos últimos anos e negar de forma muito veemente todo o avanço que foi escondido, digamos assim, que poderia ter acontecido e não aconteceu”, completa.

Por fim, completou: “Acho que todas as lições, seja no Brasil, que a gente mesmo viveu, a Copa União de 1987, a Primeira Liga, a própria Liga do Nordeste aqui que a gente tem e que tem um funcionamento bem razoável, apesar de poder evoluir muito ainda, mas não só os exemplos brasileiros, os exemplos da América do Sul, exemplos da Europa e da Ásia estão servindo para nós, estamos pesquisando muito isso, tomando muitas referências, estudando muito quais foram os erros e fundamentos positivos de cada uma dessas ligas, para tomar isso como experiência”, afirma Bellintani.

“O momento e as circunstâncias são muito diferentes do futebol brasileiro, a gente tem hoje mais do que um pensamento de que é bom fazer a liga, a gente tem o pensamento de que está na hora de fato e que a gente está maduro o suficiente. Repito, os erros que foram cometidos nas formações de liga no Brasil estão sim na nossa mesa de cabeceira, estão acompanhando aqui do lado, não dá para esquecer isso, mas ao mesmo tempo, a gente está com o pensamento muito claro assim de que dá para fazer diferente”, conclui.