Diretoria esmeraldina, abre a dinâmica da ilusão!

Sonhar é um direito inerente à alma humana, mas nem sempre o sonho corresponde à necessidade lógica da natureza das coisas. O Goiás Esporte Clube que nasceu de um sonho de 33 torcedores, ganhou projeção estadual, Nacional e Internacional. Havia um sonho inebriante que injetava um orgulho típico do povo brasileiro que se entrega a empáfia de ser o melhor inquestionável!

Talvez, hoje possamos aprender algo sobre o ato de sonhar – não devemos confundir sonho com devaneio! O sonhador analisa o que está errado e encara os erros para focar nos consertos de concretizar seu desejo. O atual comando do (leia-se Hailé Pinheiro) criou um mito de que é intocável e perfeito com a precisão matemática de um professor que se embriagou de empáfia.

Realizar ações sem critérios e que, no mínimo, deveriam ser avaliadas, como a contratação de jogadores e treinadores no atacado, a imposição de “gestores” de futebol sem qualificação alguma para o desempenho da função, a perseguição a todos que tentam se opor a seus desmandos, fez com que aquele que um dia foi o maior clube do Centro-Norte do Brasil se tornasse um clube “queimado” no cenário nacional.

Existe um fato histórico que poderá nos ensinar algo interessante sobre o banho frio que precisamos tomar para quem sabe acordar enquanto há tempo.

Um antigo navegador ao chegar com seu navio para tomar posse de uma determinada terra acabou se deparando com um problema sério – seus tripulantes estavam amedrontados, pois, a terra era de canibais e teriam que lutar. Diante do acovardamento de seus homens o capitão resolveu atear fogo no navio. Os homens para não serem queimados pularam na água, para não morrerem afogados nadaram até a ilha e para não serem comidos pelos canibais lutaram e conquistaram a terra. Esta antiga história ilustra bem a necessidade do Goiás Esporte clube hoje – conseguir um comandante que aprenda a projetar seus marinheiros (técnico e jogadores) para a vitória.

Se não queimarmos navios, o Goiás jamais voltará a ser o time que um dia chegou a ser, brigando para estar entre os primeiros, na elite do futebol brasileiro. Queimar o navio do orgulho e achar que não erra, queimar o navio da falta de competência técnica, enfim, são muitos navios que obrigarão nossos jogadores a enfrentarem os adversários canibais que em diversas partidas jantaram nosso orgulho enquanto nadávamos contra a correnteza!

Cornetadas

 

Será difícil entender que esta direção não tem a alma do Goiás Esporte Clube e que não consegue ser o capitão deste navio? Que não consegue perceber que para chegar e conquistar até onde chegou foi uma luta? Que manter-se no poder apenas por capricho apenas desmerece este esforço histórico?

Será que o foco não festá sendo muito exacerbado para os técnicos, e pouco se percebe a fragilidade da preparação física do clube?

Sobre a Manutenção de Osmar Lucindo a frente do departamento de futebol do Goiás agora com o “reforço” de Ediminho Pinheiro, sinceramente não irei tecer qualquer opinião pois essas duas figuras não merecem.

Entre o adágio e o presságio ficaremos com a incerteza, se o Goiás realmente chegou no fundo do poço.

 

 

Tales Clemente, apaixonado pelo verdão desde 1986.