E a evolução?

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Quem esteve no Estádio Hailé Pinheiro na noite de quarta-feira, assistiu ao Goiás mais uma vez ser dominado. Dessa vez, o algoz foi o ascendente Cuiabá, clube que faz sua estreia na série B.

O resultado acabou sendo favorável a nós. Mesmo não merecendo, achamos um gol de bola parada no segundo tempo.

As entradas de Kaio e Thalles melhoraram timidamente o time, que ainda sim continuou sofrendo com o domínio do time mato-grossense.

Alguns argumentarão que não entramos com o nosso time principal, mas sinto informar a esses que o adversário também entrou com um time misto.

Diante dessa sequência de fracassos do nosso time, não podemos fugir do questionamento a respeito do nosso treinador.

Qual jogo, exceto os vexames, o time do Claudinei de Oliveira teve um desempenho pior que qualquer jogo do Ney Franco? Jogadores que vinham sendo fundamentais no desempenho do time, como Jefferson e Léo Sena, caíram escandalosamente de produção.

Michael continua sendo um jogador que dribla e cisca muito, porém produz muito pouco, quando se tratado de gols e assistência. Além de escalações que, como por exemplo, a dupla Rafael Moura e Kayke contra o Grêmio no Sul, não conseguem ser justificadas.

Segundo reportagem do programa Seleção Sportv, somos o time com menor posse de bole e troca de passes do primeiro turno.

A falta de bons jogadores no meio de campo nos obriga a fazer inúmeras ligações diretas para o Michael durante os jogos, que conforme o próprio Ney disse, acaba ficando sobrecarregado.

A mesma reportagem também informou que somos o time com mais gols sofridos, ao lado da Chape, e o terceiro time a permitir mais finalizações.

Ceará, Fortaleza e Csa, adversários diretos na luta contra o rebaixamento, figuram entre os que menos permitem finalizações no campeonato.

Isso demonstra a necessidade de saber se defender para minimizar os resultados adversos. Talvez esses números expliquem a “descrença” do Sr. Hailé ao ver o treinamento.

Também seria injusto direcionar toda a culpa dos fracassos ao treinador. Ele mesmo reconheceu a necessidade da chegada de jogadores, após o jogo contra o Grêmio. Nenhuns dos nossos primeiros volantes do elenco conseguiram ter um bom desempenho. Nossos meias parecem estar bastante indispostos.

Atacantes e pontas mostram uma capacidade absurda de tomar decisões ruins. Perdemos nossa zaga titular, e trouxeram um zagueiro medíocre que não joga desde Março do ano passado, além da dificuldade de compor linha do nosso “zagueiro artilheiro”.

Faltam menos de dez dias pra fecharem as inscrições, e as noticias que chegam é que jogador algum que entrar nesse barco. Entrevistas de dirigentes e conselheiros também não amenizam a situação ruim do clube.

Domingo, teoricamente, temos uma boa oportunidade para conquistar pontos importantes na tentativa da permanência. Porém, se fizermos uma análise menos superficial, teremos um jogo entre um dos times que mais cria, finaliza, tem grande posse e troca de passes no campeonato brasileiro contra um dos mais fracos defensivamente.

O panorama é fácil de prever: Mais uma vez seremos dominados durante todo o jogo, torcendo para achar um gol de bola parada, chute de longe ou numa jogada individual do Michael.

Outra situação fácil de prever é a desistência do Ney diante de qualquer resultado adverso. Acredito que poupará a dúvida e a decisão da diretoria, jogando a toalha. Não seria ruim para o time, mas conhecendo bem o Goiás, a tendência é que essa escolha seja de alguém que “conhece bem o Goiás” e não de alguém competente.