Empresa faz proposta para clubes da liga de aproximadamente R$ 3 bilhões por novo Brasileirão

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Foto: Infoesporte

Treze dias depois de terem marchado até a sede da CBF para anunciar que criarão uma liga para organizar o Campeonato Brasileiro, dirigentes avançam para tirar a ideia do papel. Os representantes dos 40 clubes das Séries A e B se reuniram nesta segunda-feira (28), em um hotel em São Paulo, com Harlei Menezes representando o Goiás, eles ouviram propostas de três grupos interessados em participar da operação do bloco.

Um dos grupos é liderado pelo advogado Flavio Zveiter e por Ricardo Fort, ex-executivo da Coca-Cola; outro é coordenado pela consultoria KPMG; e um terceiro é organizado pela empresa Livemode. Segundo o site GE, eles ouviram pessoas que estiveram na reunião e tiveram detalhes sobre as propostas de Zveiter e KPMG.

Os projetos têm finalidades semelhantes, mas com estruturas diferentes. Ambos prometem a captação de valores de alguns bilhões de reais para refinanciamento das dívidas dos clubes e uma reconfiguração do Campeonato Brasileiro da Série A e Série B, além da criação de novas receitas destinadas aos clubes.

Os clubes pretendem assumir a organização do Campeonato Brasileiro Série A e Série B. À luz do que acontece nas principais ligas europeias, a federação nacional, a CBF, continuaria administrando a seleção brasileira e outras competições nacionais: Copa do Brasil, Série C e Série D.

Na reunião, números foram apresentados aos dirigentes. Flavio Zveiter estima que será possível captar com investidores US$ 750 milhões para a liga que no câmbio atual, equivalem a cerca de R$ 3,7 bilhões. A KPMG foi um pouco mais conservadora na projeção. Seus representantes afirmaram aos cartolas que a captação com fundos de investimento deverá ficar entre R$ 1,5 bilhão e R$ 3 bilhões.

Aos clubes, a vantagem seria o recebimento imediato dessas cifras. Bilhões de reais, divididos entre os integrantes da liga, permitiriam que dirigentes pagassem dívidas. A desvantagem é que eles perderiam receitas futuras, que seriam redirecionadas aos investidores.

É por isso que esses profissionais, além de prometer a captação do investimento no mercado, insistem na promessa de aumentar receitas. Se o futebol brasileiro continuar com o tamanho que tem, a entrada de intermediários só tiraria dinheiro dos clubes. A torta precisa aumentar para que os pedaços fiquem mais generosos para todos que a comem.