Entenda o motivo do Goiás ter se unido ao grupo Forte Futebol para desafiar equipes equipes do eixo

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Foto: Divulgação/Paulo Rogério Pinheiro

As negociações para a criação da Liga de Clubes, que organizaria o Campeonato Brasileiro e cuidaria de questões comerciais, ganharam novo capítulo nesta semana. O Goiás Esporte Clube se uniu a nove equipes da primeira divisão nacional, autointitulados “emergentes”, anunciando a criação de um bloco chamado “Forte Futebol” e publicaram uma carta. Fazem parte desse grupo: América-MG, Atlético-GO, Athletico-PR, Avaí, Ceará, Coritiba, Cuiabá, Fortaleza, Goiás e Juventude.

Entenda o motivo que levou o Goiás a entrar nesse grupo

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Foto: Divulgação/Forte Futebol

Dirigentes desses clubes uniram-se para melhorar a posição deles nas negociações que envolvem a liga. De certa forma, trata-se de resposta a outro grupo, que reúne os cinco paulistas da Série A: CorinthiansPalmeiras, Red Bull Bragantino, Santos e São Paulo, além de Flamengo e Atlético-MG. Esses blocos vêm divergindo nos bastidores, por exemplo, em relação à empresa que deve operar a futura liga e captar um sócio para ela no mercado financeiro.

Os clubes de maior torcida assinaram um termo com a empresa Codajas Sports Kapital, liderada pelo advogado Flávio Zveiter, para que ela faça uma valuation (mensuração de valor) da liga. Apesar de esse termo não ser vinculante, ou seja, não gera nenhuma obrigação aos clubes que o assinaram, o bloco de emergentes se opôs a ele. O presidente do Athletico-PR, Mario Celso Petraglia, é uma voz dissonante em relação ao Codajas, e seu discurso ganhou força entre outros membros.

Outro problema tende a ser a divisão dos recursos entre os clubes – tanto das receitas operacionais, como os direitos de transmissão e os patrocínios do Campeonato Brasileiro, quanto do potencial aporte a ser feito por um sócio, que compraria participação na liga por cifras na casa dos bilhões de reais. Os membros do Forte Futebol entendem que esses números não serão totalmente igualitários, mas querem equilíbrio.

Já era de se esperar que os dirigentes de Flamengo, Santos, Corinthians, Atlético Mineiro, Internacional, São Paulo, Palmeiras e outros, não aceitariam chamar para uma mesma mesa redonda os clubes considerados intermediários e emergentes. Eles já ganham muito mais dinheiro que estes, já tem muito mais visibilidade e querem mais. A união de quem foi excluído é uma medida acertada. Vão precisar estar juntos, o tempo todo, se não a distância que já é grande será muito maior nos próximos anos.

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