Ex-Goiás, Rafael Tolói fala pela primeira vez após ser convocado para a Seleção da Itália

Foto: Divulgação/FIGC

Natural de Glória d’Oeste, interior do Mato Grosso, o zagueiro Rafael Tolói nunca escondeu seu desejo de jogar pela seleção brasileira principal. Campeão sul-americano pelo Brasil sub-20 em 2009, o defensor, contudo, nunca ganhou uma oportunidade na Seleção principal. Cria do Goiás, clube pelo qual foi revelado e que não esconde seu amor, hoje tem uma carreira consolidada no futebol italiano, onde está há mais de seis anos.

Após se naturalizar italiano, nesta última sexta-feira (19), o ex-jogador esmeraldino ganhou a primeira convocação para a Itália, aos 30 anos, selecionado por Roberto Mancini. No último teste antes da Euro 2020, Rafael Tolói terá três oportunidades para conseguir uma vaga na convocação final para o torneio, marcado para julho deste ano. Pelas Eliminatórias europeias para a Copa do Mundo de 2022, enfrenta Irlanda do Norte (25), Bulgária (28) e Lituânia (31) na próxima semana.

Segundo Mancini, “Tolói joga em uma equipe disposta a atacar. Preciso conhecê-lo, por isso foi convocado. Se conseguir se adaptar bem, pode fazer parte do nosso grupo e jogar em todas as funções da defesa”. Sob o comando do ex-treinador de clubes como Internazionale e Manchester City, a Itália utiliza o 4-3-3 como esquema tático principal e a imprensa local avalia que Rafael pode atuar no lado direito da defesa, como lateral ou zagueiro.

Apresentado nesta terça-feira (23) em coletiva de imprensa, o defensor destacou que “é uma emoção enorme (ser convocado), acho que isso é mérito pelo trabalho duro e o empenho a cada dia, e estou muito feliz de estar aqui. Quando soube da possibilidade de jogar pela Itália, na hora disse sim. O dia em que isso se tornou realidade, não só eu como todos os meus familiares estávamos muito emocionados por uma oportunidade como essa”.

Destacado por sua versatilidade e facilidade em atacar, Rafael Tolói ressaltou que “esse meu modo de jogar é mérito do Gasperini (treinador da Atalanta), com quem aprendi a sair e pressionar alto, pelo lado ou por dentro, e não apenas para pressionar o adversário, mas também para jogar e criar situações. Naturalmente, aqui é diferente, mas é algo a mais, então tentarei aprender o que é preciso para me encaixar na equipe”.

“Aqui estão alguns dos melhores defensores do mundo, e deles posso aprender muito. Não sou mais um garoto, já tenho 30 anos e é a minha primeira convocação, mas quero fazer o meu melhor nesse período. O fator de jogar em uma equipe que está jogando tão bem como a Atalanta me ajudou muito”, ponderou o zagueiro revelado pelo Goiás, responsável por 11 gols e 15 assistências em 201 jogos pelo seu clube atual.