Falta de oposição leva o Goias a derrocada

Foto: dicio.com.br

Saudações Esmeraldinas,

 

Depois de algum tempo sem postar, seja por problemas técnicos, por problemas familiares e até mesmo por descrença com o Goiás, resolvi compartilhar com vocês esse desabafo.

Mesmo ocupando por décadas afinco o cargo de presidente do concelho deliberativo do Goiás Esporte Clube, e nos últimos anos, estar realizando uma gestão desastrosa, o Senhor Hailé Pinheiro se mantém como Todo Poderoso do clube.

O motivo?

Covardia de conselheiros e sócios proprietários. É inadmissível que gente de bem do clube não trabalhe contra o absurdo do perpetuamento do mesmo e, pior, ainda há quem faça de tudo para defendê-lo.

Nos torcedores comuns, só nos resta protestar, e os poucos membros oposicionistas com coragem de se posicionar, sucumbem perante a maioria calada, bovinada e, aparentemente, sem amor ao clube, que beija as mãos o Senhor Hailé, mesmo que elas não estejam tão limpas assim.
E não é por falta de problemas que merecem empenho em solução! É fácil listar algumas tarefas que caberiam à oposição. Vejamos:

a) Seu Hailé precisa e deve ser cobrado, não há como negar que ele fez muito pelo Goiás, porém um rebaixamento para a serie C levará por água baixo todas estas conquistas, e hoje não há ninguém  dentro do clube que tenha essa capacidade.

b) O Goiás precisa caminhar para uma gestão autônoma e profissional do seu futebol. Esta tem sido a cruzada de alguns membros da torcida, que ainda parecem falar isoladamente sobre o assunto. Mas é preciso reforçar o óbvio: os caprichos e os desmandos não podem afetar nossa paixão.

c) O Sócio-Torcedor quer e precisa ter direito a voto. Quando o seu Hailé irá ao menos considerar esta hipótese e iniciar essa discussão? Onde estão as lideranças, de lado a lado, a defender a democratização do Goiás?

Uma oposição atuante não significa caos político, nem mesmo um problema para o Goiás. Não se souber reconhecer avanços (que existem!), apontar caminhos e tencionar por mudanças. Pode acelerar processos benéficos para o clube no médio e no longo prazo, sendo o principal deles a sua democratização, livrando-o das garras de velhos caciques que não tem competência para gerir este gigante.

Na ausência de oposição, corre-se o risco de que os defeitos históricos da gestão esmeraldina e específicos da administração do Senhor Sergio Rassi e continuada pelo senhor Marcelo Almeida sejam ignorados. A oposição continua sem existir. Pior para o Goiás.

Uma situação complicada e que pode levar um clube, marcado pela excelência estrutural e política através dos tempos, a se apequenar cada vez mais, igualando-se ao que há de pior no cenário nacional.

Ainda há tempo de mudar, mas é necessário coragem para romper laços e trabalhar pelo bem do clube, não de um grupo que dele se beneficia.