Nesta última quarta-feira (16), 10 clubes brasileiros anunciaram em suas redes sociais a criação de um grupo, o “Forte Futebol”. Entre os times goianos, Goiás e Atlético-GO fazem parte desta união. A partir disso, Adson Batista, presidente do Atlético, falou sobre o assunto em entrevista concedida às Feras do Esporte, da rádio Bandeirantes. Nessa entrevista, o dirigente rubro-negro deu mais detalhes sobre o pensamento e ideias do grupo.
Adson Batista explica união entre Goiás, Atlético e outros 8 clubes
Principal objetivo
Isso é maturidade. Antigamente, os clubes discutiam as coisas como os clubes maiores deste país discutem: de maneira individual. Nunca conseguem se unir. Assim, estes 10 clubes precisam manter a unidade e também respeitar aqueles que estão na Série B, que em breve estarão na Série A e que podem estar envolvidos neste grupo, ter lealdade e, principalmente, entender que o ‘Forte Futebol’ só funciona com unidade e que sozinho você não faz nada.
Em resumo, os clubes maiores trabalham na individualidade. Vamos discutir as questões de liga, de contratos futuros financeiros em conjunto. A partir disso, estes 10 clubes juntos se tornam muito fortes porque os clubes grandes não jogam sozinhos, e iremos discutir os assuntos juntos. A saber, isso foi decidido e arquitetado por alguns companheiros. Nós participamos também e daremos continuidade – ressaltou Adson Batista.
Desigualdade nos valores dos direitos televisivos
Os direitos televisivos é exemplo disso (da diferença entres “clubes grandes” e “clubes intermediários”). Como vamos brigar com o Flamengo, que tem R$ 1 bilhão. É justo? Pode ser. No entanto, temos que trabalhar com meritocracia. Tem que ter direitos financeiros parecidos, porque em todos os campeonatos o Flamengo joga contra o Atlético, joga contra o Goiás, contra o Fortaleza, contra o Ceará, ninguém joga sozinho. Contudo, temos recursos infinitamente inferiores. Portanto, tem que ter igualdade. Evidentemente, o Flamengo tem uma torcida maior, um histórico maior e vai ganhar dinheiro de outras formas, porém esses contratos têm que ser discutidos de maneira diferentes.
Clubes de outras divisões integrando o “Forte Futebol”
Nós tentamos há vários anos essa discussão para ter uma unidade total. Nunca tem união. É sempre cada um defendendo somente os seus interesses. No entanto, o nosso grupo entende que um time não vive sem o outro e que juntos ficamos muito fortes. Logo, teremos coração aberto e discutiremos caso a caso, como Botafogo, Vasco, Cruzeiro, ou um outro time que esteja na Série B, que pense de forma diferente e que não pense a individualidade é maior. Sendo assim, vejo isso como maturidade e inteligência para o futuro.
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