Goiás e Vila Nova vão a julgamento no TJD-GO

O último clássico entre Vila Nova e Goiás ainda está rendendo o que falar, a partida terminou dentro de campo, mas fora dele a disputa continua, agora nos tribunais. O Vila Nova protocolou no dia 13/04, junto ao Tribunal de Justiça Desportiva do Estado de Goiás (TJD/GO), uma notícia de infração contra o meia Miguel Figueira do Goiás.

O atleta teria apontado o dedo médio para dirigentes colorados após a partida do dia 11/04, no estádio do OBA, pelo Campeonato Goiano. O departamento jurídico do Verdão entende que o Vila busca ‘se vingar’ da ação movida pelo Esmeraldino pedindo indenização de danos morais pela cusparada de Alan Mineiro na bandeira do Goiás no clássico do primeiro turno.

No documento apresentado pelo departamento jurídico do Vila Nova, o clube pede que o meio-campista do Goiás seja julgado com base nos artigos 243-D do Código Brasileiro de Justiça Desportiva que pede suspensão de 360 a 720 dias e multa de R$ 100,00 a R$ 100 mil por “incitar publicamente o ódio e a violência” e o 258-Apor “provocar o público durante partida, prova ou equivalente” com suspensão de duas a seis partidas.

Segundo a diretoria esmeraldina o atleta foi provocado com gritos homofóbicos, por isso o Goiás também decidiu fazer uma denúncia contra o Vila Nova baseada no artigo 243-G do CBJD que diz “praticar ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante, relacionado a preconceito em razão de origem étnica, raça, sexo, cor, idade, condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência”.

A lei cita que “caso a infração prevista neste artigo seja praticada simultaneamente por considerável número de pessoas vinculadas a uma mesma entidade de prática desportiva, esta também será punida com a perda do número de pontos atribuídos a uma vitória no regulamento da competição, independentemente do resultado da partida, prova ou equivalente”. O julgamento será nesta próxima quinta-feira (29).