Jurídico do Vila Nova vem a público e fala sobre ação aberta pelo Goiás na justiça

Foto: Divulgação

A novela entre Goiás e Vila Nova, sobre o caso do meia Alan Mineiro, que no clássico do dia 07 de março, pela quarta rodada do Goianão 2021, cuspiu na bandeira do Esmeraldino, ganhou novos capítulos nesta última semana, após o Goiás abrir uma ação na justiça contra a equipe colorada.

Durante entrevista concedida a rádio Sagres 730, Maurilho Teixeira, diretor jurídico do Vila Nova, afirmou que a ação é que contribui para os ânimos se acirrarem entre as torcidas. Maurilho ainda disse que vê a ação movida polo Goiás como um ato de amadorismo e criticou a postura do Esmeraldino.

“Eu vejo a ação movida pelo Goiás como um ato de profunda tristeza, vejo com um grau de infelicidade muito grande por parte do Goiás. Um ato de amadorismo, de provocação, onde só vai contribuir para os ânimos serem acirrados, principalmente entre os torcedores. No momento em que se pede paz no futebol e cautela entre as partes, pela extrema dificuldade em que se passa o futebol e país”, frisou.

“Nos deparamos com uma ação tão pequena, que vai tumultuar as redes sociais e o futebol goiano, então, eu analiso que é um ato totalmente imaturo, provocativo, arrogante e soberba por parte da diretoria do Goiás e de seu departamento jurídico. Lamento muito que tal fato tenha ocorrido no momento em que nós achávamos que esse assunto já estava sepultado, por conta do julgamento na justiça desportiva, já imaginávamos que tudo já estava resolvido”, concluiu.

O clube Colorado é citado no processo como responsável por Alan Mineiro, nos termos do artigo 932, inciso III do Código Civil. Maurilho Teixeira destacou que para o Vila Nova o caso já estava resolvido, visto que Alan Mineiro já tinha sido punido com uma suspensão de quatro jogos.

“Foi uma atitude impensada e reprovável, uma atitude que não combina com o esporte. Mas foi reparada imediatamente e o atleta foi devidamente punido, foi julgado. Como jurista e defensor de clubes e atletas, não entendo que ele deve ser julgado sumariamente. Sou à favor do jogador deve ir a julgamento, como sempre fui nesse caso do Alan Mineiro, infelizmente ele não foi a julgamento porque nós tínhamos teses de pelo menos diminuir essa punição que foi imposta a ele, mas tudo saiu bem no final. Porque assim que as partes concordaram, então repito, era uma situação que já estava no nosso ponto de vista, resolvida”, argumentou.

“Vejo que os atletas que cometem atos dessa natureza devem sim ser denunciados e que sejam julgados. Se forem punidos, como foi o caso do Alan, que cumpra a punição como está sendo cumprida. Se forem absolvidos, que a outra parte tenha a capacidade de aceitar e se não aceitar que recorra aos trâmites da justiça esportiva, que não foi o nosso caso, porque foi uma transação em que as partes concordaram. Então vejo com profunda tristeza esse ato de revanchismo por parte do Goiás, um revanchismo que no nosso ponto de vista já está bastante ultrapassado e que o momento não combina com isso”, finalizou.

.