Kléber Guerra relembra sua passagem pelo Goiás: ‘O ano de 1994 é um divisor de águas’

Foto: Divulgação/Site Oficial do Goiás

Durante entrevista para a Rádio Sagres 730, Kléber Guerra relembrou as dificuldades que passou no Goiás, com problemas administrativos e financeiros. Mesmo assim, o ex-goleiro esmeraldino relembrou que por conta do vice-brasileiro de 94, o Verdão conseguiu entrar na época do Clube dos 13.

“O ano de 1994 é um divisor de águas para o Goiás. O Goiás vinha numa situação, em 1992 e 1993, com muitas dificuldades financeiras. Em 1993, foram mais de 70 contratações, muitos técnicos. Tinha uma indefinição e uma desorganização enorme por falta de dinheiro. Vivemos isso. Virou 1994, diretoria colocou o pé no chão, começou a valorizar a base e colocou os pratas da casa pra jogar. Não era porque queria, mas porque o Goiás não tinha outra solução a não ser colocar a garotada. Sorte que tínhamos três gerações, e eu tenho de agradecer o trabalho do Matinha e do Triel, com Richard, Walace, em 1969, depois o Márcio e o Tulio, em 1970, eu e o Marcelo, depois o Reidner. Essas quatro gerações se juntaram com a chegada do Zé Teodoro e do Baltazar. Essa junção fez com que o Goiás fosse tão vitorioso. Se o Goiás não conquistasse o acesso, quando era a formação do clube dos 13, seria ruim. Isso mudou a vida do clube. Várias pessoas analisam assim que 1994 foi um divisor de águas para que o Goiás tivesse essa grandeza atual”, analisou o ex-goleiro

Para o ex-dirigente do Verdão, faltou ao atual plantel alguém com perfil de liderança e palpita sobre o time de 2018: “Eu vejo que esse grupo abaixa a cabeça quando erra. Não tem de ter esse peso. Futebol tem erros e acertos. Liderança define muito dentro de campo. Esses líderes precisam aparecer e ajudar quem não está tão focado ou equilibrado. O erro não é o momento para cobrar. Goiás precisa ter equilíbrio e foco para neutralizar os pontos fortes do adversário”, explicou.

Na reta final, Guerra falou sobre as críticas que o time recebeu nesta reta final: “Esse momento é dos jogadores. O que tinha de ser feito, já foi feito. Agora o grupo tem de ter consciência do poder da Série A. Isso fica marcado na carreira de cada atleta. Quando alguém busca jogador da Série B, todos olham quem têm experiência em acesso. Quem consegue isso, tem mercado fixo. O grupo precisa ter essa consciência”, completou.