No aniversário do clube, Paulo Rogério revela quais foram seus momentos mais marcantes no Goiás

Em entrevista a Sagres 730, Paulo Rogério Pinheiro falou sobre os jogos e os jogadores mais marcantes do Goiás durante sua trajetória como torcedor esmeraldino. O maior jogador que viu com a camisa alviverde, “em matéria de brilhantismo com a bola no pé, eu era apaixonado pelo Carlos Magno. Com aquelas passadas largas e uma condução de bola linda, se não tivesse machucado o joelho naquela época teria tido um caminho tão brilhante quanto do Luvanor, Uidemar, Fernandão, Araújo e tantos outros”. Marcado por lesões, o talentoso meio-campista fez parte de uma das grandes gerações do Goiás, nos anos 80.

O dirigente recordou ainda de Uidemar, “magrinho, baixinho e com aquela técnica toda. Um dia, vi um jogo entre Goiás e Flamengo, no Serra Dourada, em que anulou o Zico. Tem o Harlei, que depois do Edison não vi um goleiro tão bom quanto, com 800 e tantos jogos pelo clube e muitos títulos. O próprio Luvanor: se o Goiás tem hoje um patrimônio bom, começou com o dinheiro do Luvanor. É difícil falar nomes, porque magoa muita gente, mas que vi de beleza em jogar bola é o Carlos Magno. Agora, não tem jeito de não falar do Luvanor”.

Sobre o grande momento que viveu no clube, afirmou que o pentacampeonato goiano em 2000, “em que eu era diretor administrativo do clube, junto com o João Roberto, presidente. Ali foi um período que marcou, porque o tetra do nosso concorrente machucava muita gente, e hoje somos penta. A vaga para a Libertadores (em 2006, depois do 3º lugar no Brasileirão), por ser a primeira competição internacional do clube, também. Não estava no clube na época, mas me marcou e fui em todos os jogos”.

Por outro lado, “talvez o jogo que mais sofri na vida, depois daquele contra o Inter, quando o Goiás venceu aqui (em 2007, quando evitou o queda à Série B e por consequência rebaixou o Corinthians), foi o vice-campeonato da Copa Sul-Americana (em 2010), porque o Goiás foi melhor do que o time argentino (Independiente), tinha tudo para ser campeão, ir para a Libertadores de novo, jogar uma Recopa e tudo que tinha época pelo torneio”.

“Agora, de emoção, aquele jogo entre Goiás e Inter, por ser diretor na época, ter passado o que passei, brigando com o Corinthians e o futebol inteiro. Eu, Edminho e Pedrinho, com Harlei, Paulo Baier, André Leone e o Élson, fechamos um grupo, quando decidimos tirar o técnico do Goiás na época (Paulo Bonamigo) e entrar em campo sem treinador. Esses quatro jogadores assumiram a responsabilidade para não deixar o Goiás cair, e naquele jogo acabou não foi rebaixado e ali o meu mundo desabou”, finalizou.