Com a missão de restabelecer o clube em todos os setores, Paulo Rogério Pinheiro tem um legado importante para carregar da sua família, em especial através das figuras do pai, Hailé, e do tio, Edmo. Diante de tantos problemas a serem solucionados, a torcida pressiona por resultados imediatos depois do pior início do Goiás no campeonato estadual em uma década e a queda precoce na Copa do Brasil, ainda na primeira fase.
Em uma entrevista concedida ao Sistema Sagres de Comunicação nos 78 anos do Verdão, através do comentarista Charlie Pereira, o atual presidente executivo esmeraldino falou do passado, presente e futuro do clube.
Criado em um berço esmeraldino, Paulo Rogério acompanha o Goiás desde a sua infância. “Eu lembro de um jogo no estádio Olímpico ainda, quando tinha algo em torno de cinco anos de idade, um ou dois antes da inauguração do Serra Dourada, entre Goiás e Goiânia, pelo Campeonato Goiano. Lembro que fui para comer pipoca, queria ir para o estádio para comer pipoca. Fui com o meu avô, Edmundo Pinheiro, com um ‘punhado’ de primos. O meu avô três anos depois veio a falecer, então isso me marcou”, recordou.
Questionado sobre o porquê do clube hoje ser uma referência no Centro-Oeste, o dirigente ponderou que “primeiro pela inteligência e vontade do Lino Barsi e os seus amigos, debaixo daquele poste à noite, de criar um clube de futebol para concorrer com Goiânia e Atlético, que na época eram os grandes times. Começou ali. Acho que cada um que passou no Goiás desde a época do amadorismo, seja presidente ou colaborador, deu um pouquinho de si, todos eles foram importantes para o clube”.
Para Paulo Rogério, o maior jogador que viu com a camisa alviverde, “em matéria de brilhantismo com a bola no pé, eu era apaixonado pelo Carlos Magno. Com aquelas passadas largas e uma condução de bola linda, se não tivesse machucado o joelho naquela época teria tido um caminho tão brilhante quanto do Luvanor, Uidemar, Fernandão, Araújo e tantos outros”. Marcado por lesões, o talentoso meio-campista fez parte de uma das grandes gerações do Goiás, nos anos 80.
“Infelizmente, o Goiás se apequenou na última década. Ou parou de crescer, ou cresceu muito abaixo do que deveria. Gostaria muito de neste 6 de abril estar na Série A, e se estivesse na Série A hoje o time estaria 100% montado já, então ao torcedor, por mais que esteja me criticando, e com toda a razão, pelo Goiás não ter contratado e não ter um montado um time ainda, quero dar de um presente não é em 6 de abril não, quero estar no dia 30 de novembro gritando com a torcida e batendo no peito que estamos de volta à Série A, com uma administração enxuta e eficaz para o Goiás voltar a crescer”.
“A meta desses primeiros meses foi colocar o Goiás no trilho, e estamos colocando. Vou montar um time para a Série B antes do Brasileiro. Os jogadores estão contratados, o problema é que não vamos procurar jogador só para trazer e não jogar para fazer graça para a imprensa. Vou trazer jogador que vai pegar a camisa e jogar. As apostas, já vieram sete, jogadores de base. Confie em mim, torcedor: vou montar um time para subir para a Série A. O Goiás tem que subir este ano. Nada na minha vida entrei para perder: como empresário e pai de família, sou sério e honesto, e estou aqui por você, torcedor. Por você e por esse time, o Goiás vai voltar a crescer. Nestes três anos, teremos orgulho desse clube”.
Segue o presidente executivo esmeraldino, “infelizmente, estou passando por um momento financeiro terrível agora, mas não é desculpa, já sabia que estava assim. Por exemplo, queria fazer uma festa em 6 de abril: não terá nada, faremos só nas redes sociais. Todo o dinheiro sobrando está sendo canalizado para o futebol, para vocês terem esse orgulho. Então, torcedor, vamos comigo: dia 30 de novembro estaremos na Série A comemorando, se possível até antes disso. E eu não aceito outra conversa aqui dentro do clube que não seja subir para a Série A”.
“Abri mão do Goiano, falei para vocês na minha posse não se preocuparem com o Goiano. Se for campeão ou chegar na final, maravilha. Infelizmente, a Copa do Brasil este ano começou em março, e não em maio, então não podíamos pegar um dinheiro para contratar cinco jogadores correndo para a Copa do Brasil. Tentei no dia do jogo do Boavista contratar dois para irem direto ao estádio, mas não deu certo. Então, torcedor, vamos parar um pouco com as críticas, vamos junto com a gente, que no dia 30 de novembro estaremos comemorando. No dia 6 de abril de 2022, aí sim com uma grande festa após a pandemia ter terminado, com o estádio cheio. O Goiás tem que voltar a ser grande, e voltará a ser comigo. Custe o que custar, vou fazer o Goiás ser grande”, finalizou Paulo Rogério Pinheiro.
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PARABÉNS AO NOSSO GOIÁS ESPORTE CLUBE!
Eu gostaria muitíssimo de acreditar no presidente Paulo Rogério Pinheiro, porém, algumas dúvidas me deixam preocupado:
1- De onde virá a receita para as contratações: O presidente disse que o GEC está sem caixa, assim, ele poderia detalhar de onde virá o dinheiro para essas despesas/contratações.
2- Quem irá efetuar as contratações: Isso é uma parte importante do processo, visto que para o retorno à série “A” precisaremos de um elenco qualificado, e todos sabemos que o gestor de futebol, Sr. Harley Menezes, já demonstrou que não tem muita intimidade com o cargo.
3- Quando serão efetuadas as contratações: O tempo está correndo e os bons jogadores já estão sendo contratados. Se demorar muito o mercado ficará escasso e os atletas disponíveis terão um custo muito alto.
Boa sorte presidente. O torcedor quer muito acreditar no senhor.