A Série B vai se afunilando, apesar de estarmos apenas iniciando seu segundo quarto, mas, bastaram doze rodadas para o Goiás enfrentar sua primeira crise, ainda que o clube esteja classificado entre os 10 (dez) melhores colocados da competição (7º colocado, com 18 pontos), a apenas 03 (três) pontos do 3º (Operário/PR, com 21).
E essa crise pode ser verificada a partir da queda no rendimento técnico e tático do time, da queda na tabela da competição que o clube já liderou, das falas mais ríspidas de dirigentes ou membros da comissão técnica e dos inúmeros protestos da nossa sofrida e desconfiada torcida, que já questiona jogadores e o treinador, muitos defendendo a saída do comandante atual, mesmo que seja pra chegar algum aventureiro ou qualquer desses fracassados que acabaram de perder o emprego.
Todavia, não se pode perder o foco sobre o desempenho. A queda é drástica e o time que não vence a 04 (quatro) jogos, vindo de três derrotas e um empate em casa, vem jogando mal, com desempenhos bem abaixo da crítica. Não bastasse isso, o aproveitamento de 50% (cinquenta por cento) até aqui, não é suficiente para nos assegurar o acesso. Ou seja, não dá para questionar a impaciência do torcedor, que ficou preocupado por motivos óbvios.
Por isso, fica o questionamento acerca do que preocupa o Goiás, que vem se movimentando nos bastidores, já tendo contratado jogador para a sequência da temporada, além de ter o compromisso (palavra) firmado com outros nomes, segundo fala do Diretor Lucas Andrino, após nossa última derrota. Temos de nos preocupar com o elenco, com a comissão técnica, com a diretoria, com a torcida, com alguns destes ou com todos eles?
A resposta não é simples e já falamos aqui sobre as dificuldades da Série B, principalmente, pela tradição ou bom nível dos adversários, que tem até mais dinheiro e tradição do que o Goiás. A questão é saber gerenciar a crise e controlar a ansiedade e o desespero. Nada está perdido, mas os resultados precisam aparecer e, se não for possível agora, que, pelo menos, o time mostre mais empenho e caia lutando. Se existem razões para apatia, que tenhamos mais transparência. Pode até ser natural perder, mas se não for, é normal perder e jogar mal? Ou as duas coisas andam juntas?
São muitos os questionamentos e discordo dos que pedem mudanças na comissão técnica. Não vejo solução nisso, quando se tem um elenco em formação. Chega de experimentos. O grupo estará completo em breve e é hora de apoiar a todos. Não dá para escolher favoritos, nem apontar culpados em um esporte coletivo. Eu vejo empenho da atual diretoria e acredito que as melhorias logo serão vistas nos números e resultados.
Quanto a Nação Esmeraldina, não sou arrogante ao ponto de achar que influencio opiniões e nem pretendo alcançar algo desse tipo. Só repito mais uma vez que não vale a pena sofrer por sofrer, nem ir ao estádio ou centro de treinamento xingar quem quer que seja. A imprensa falada e escrita já expõe suficiente os problemas e todos são cobrados, inclusive, por suas próprias famílias. Por isso, se não for torcer na próxima terça-feira, pense nos que vão ao estádio, muitos acompanhados por crianças, só para apoiar, ainda que o time não esteja merecendo.
É hora de mudar e as mudanças não podem acontecer só no campo, já que nenhuma torcida é perfeita. Aliás, o que seriam dos jogos sem a torcida organizada? Com certeza seria uma chatice, já que são as organizadas quem fazem barulho e entoam os cantos que movimentam a massa. Portanto, vamos saber a hora de pressionar, sem perder de vista a necessidade de apoiar todo nosso grupo, incluindo o treinador que, caso saia, não deve ficar muito tempo desempregado.
ETERNAMENTE SEREI GOIÁS.
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