Não é muito comum ver jogadores de outros países vestirem a camisa do Goiás. Apesar do número ter aumentado nos últimos anos, o clube procura mais atletas gringos quando tem competições internacionais no ano, ou seja, não acontece com tanta frequência. Como em 2023 iremos disputar a Copa Sul-Americana, houve um acerto com o argentino Julián Palacios.
Mas Palacios terá uma missão difícil no Goiás: ter sucesso com a camisa esmeraldina e se firmar com uma boa quantidade de jogos. O último (e o único) que conseguiu esse feito foi o atacante uruguaio Leandro Barcia em 2019. No mais, os outros jogadores estrangeiros que vieram apenas criaram expectativas sem dar o devido retorno.
Quem não se lembra do lateral boliviano Erwin Saavedra, que até era titular na seleção da Bolívia? Não conseguiu se firmar jogando na Série B do Brasileirão em 2017. E só foi contratado para dizer que a gestão de Sérgio Rassi estava de olho no mercado internacional. Erraram feio. O mesmo só jogou quatro partidas pelo Goiás. Hoje atua no futebol da África do Sul.
E do lateral peruano Nilson Loyola? Veio com status de ‘jogador de Copa do Mundo’, pois havia jogado o Mundial de 2018 com o Peru. Chegou ao Goiás e demorou muito para se adaptar com o físico e ainda sofreu com burocracia para ser regularizado. No final das contas, só jogou uma partida pelo clube e foi embora antes do fim da temporada.
Tivemos também o volante colombiano Sebástian Salazar, que chegou em 2020. Atuou em apenas um jogo e chegou completamente fora de forma, para combinar com o péssimo condicionamento físico do elenco naquela temporada. Talvez os que mais me decepcionaram até hoje foi o meia chileno Ignacio Jara e o atacante peruano Kevin Quevedo. Ambos eram dados como craques sul-americanos, mas não tiveram sucesso. Jara marcou apenas um gol em oito jogos e demorou muito para estrear. Quevedo sofria lesões e jogou apenas duas partidas.
Mas a culpa é de quem? Será que todos esses jogadores gringos não gostaram do ambiente do clube e não deram o melhor de si? Ou o Goiás que não faz uma gestão eficiente para facilitar a adaptação desses atletas?
Vamos falar a verdade: o Goiás não tem experiência no mercado sul-americano e contrata apenas por contratar. Muitas vezes, busca o atleta pelos números, mas não procura entender se aquele jogador combina com o estilo de jogo do clube. Barcia, por exemplo, era um jogador ideal para o Goiás. Por isso deu certo. Era um atacante de ponta rápido, forte na marcação e ótimo cabeceador. Há anos, essa é a característica de jogo que o clube busca, principalmente na Série A.
Portanto, Palacios terá que buscar alguma forma de entender que o Goiás joga de uma forma muito diferente do que deve estar acostumado a jogar no San Lorenzo e Banfield. E principalmente por ser meio-campista, posição que é praticamente anulada em quase todos os jogos pela postura extremamente defensiva. Cabe a Guto Ferreira mudar isso para que o argentino apareça com a bola e nos ajude a conquistar as vitórias.
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