A maioria dos clubes do futebol brasileiro se orgulham de ter um estádio próprio, uma “casa” onde sua história é construída. Para esses times, jogar em seus estádios é mais que um privilégio: é uma tradição. No entanto, essa realidade não se aplica ao Goiás Esporte Clube, que, ao longo de sua trajetória, construiu sua história em um estádio público: o Serra Dourada.
Completando 50 anos no último domingo (9), o Serra Dourada foi palco de momentos marcantes para o Esmeraldino. Por mais de 45 anos, o time se consolidou no cenário nacional e internacional naquele estádio, conquistando títulos e criando uma forte conexão com sua torcida. Porém, desde 2019, a equipe passou a atuar com menor frequência no estádio, optando por mandar suas partidas no Estádio Hailé Pinheiro, a Serrinha, inaugurado em 1995.
Qual é a verdadeira “casa” do Goiás?

Apesar de a Serrinha ser considerada a “casa” atual do Goiás, o local tem sido cenário de um dos períodos mais difíceis da história do clube. O Verdão vive um longo jejum de títulos no Campeonato Goiano e enfrenta oscilações entre as Séries A e B do Campeonato Brasileiro. Além disso, a equipe tem sofrido para vencer os principais rivais, com a última vitória em clássicos ocorrendo apenas em 2023.
Serrinha tem sido palco de vexames
Portanto, a Serrinha tem sido um estádio onde o Goiás não consegue se destacar. Em 2023, o clube conquistou seu único título no local, a Copa Verde, título modesto, e o estádio tem sido palco de mais derrotas do que vitórias, principalmente nos confrontos decisivos. O time disputou três edições do Campeonato Brasileiro no estádio, sendo rebaixado em duas delas. Em termos de história, a Serrinha tem sido mais associada à frustração do que à celebração, com os torcedores saindo frequentemente decepcionados.
Com a celebração do meio século de existência do Serra Dourada, surge uma reflexão entre os torcedores esmeraldinos: o verdadeiro “lar” do Goiás não seria aquele estádio? Foi nele que o clube se consolidou como grande potência, conquistando troféus e tornando-se conhecido nacionalmente. Mais do que a casa do Goiás, o Serra Dourada representa um ícone do futebol goiano, sendo um patrimônio da nossa gente.

Embora um estádio não garanta títulos ou vitórias, ele pode ser um importante aliado para o sucesso de uma equipe. Infelizmente, a Serrinha nunca atendeu plenamente às expectativas dos torcedores. O projeto de ampliação do estádio nunca foi concluído e, atualmente, o local comporta menos de 15 mil pessoas, o que faz com que o espaço se assemelhe mais a um “puxadinho”.
Voltar ao Serra Dourada é a solução?
A saudade do Serra Dourada é evidente entre a torcida esmeraldina, inclusive para quem vos escreve, que ainda alimenta o desejo de reviver os bons tempos, quando o Goiás era um time de destaque, atuando em um estádio imponente. Hoje, resta a esperança de que, seja na Serrinha ou no Serra Dourada, o Goiás consiga superar a crise que vive e retomar seu status de grande clube do futebol brasileiro.
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