Opinião: O cobertor do Goiás sempre parece ser curto

Goiás
Foto: Divulgação/GEC

Saudações Esmeraldinas! Na coletiva pré-jogo de Goiás x Bahia, o técnico do Goiás, Armando Evangelista, usou a expressão ‘cobertor curto’ para justificar a falta de gols e uma abordagem mais defensiva por parte do Goiás.

Essa expressão se tornou bem evidente no último sábado, durante a partida em que o Goiás marcou 4 gols, superando assim a falta de gols que era um problema, mas também sofreu 6 gols, mostrando um time bastante desiquilibrado. Até que o time mostrou certa capacidade de reação, revertendo um placar de 3 x 1 para 4 x 3.

Entretanto, muitos torcedores já vinham percebendo isso há algum tempo. Isso não se aplica apenas à falta de gols, e campanhas recorrentes de briga contra o rebaixamento. Mas também à falta de ambição em conquistas significativas no futebol, do que foco maior nos investimentos patrimoniais.

Há cerca de 15 anos, o foco do Goiás mudou para a gestão financeira, certidões negativas e fazer mais com menos. O foco principal deixou de ser o futebol em si. Claro, o futebol requer investimentos em ativos imobiliários, infraestrutura de centros de treinamento e a manutenção de uma saúde financeira, mantendo a dívida baixa. Mas, quando se trata do Goiás, ouvimos a mesma justificativa repetidamente.

Ano após ano, o futebol continua em segundo plano, com a prioridade sempre fora dele. Diversas gestões passaram, mas o objetivo parece ser o crescimento da estrutura do ‘Maior do Centro-Oeste’, embora não tenhamos vencido o Campeonato Goiano em cinco anos e tenhamos enfrentado dificuldades para conquistar a Copa Verde.

Será que, ao investir mais no futebol, o Goiás acabaria de fato sob o ‘cobertor curto’? Nos últimos anos, o Goiás retrocedeu, deixando de ser um time vencedor para um time que luta na parte inferior da tabela, caminhando rumo a se tornar um time de Série B que, de vez em quando, visita a Série A.

É uma realidade deprimente para os torcedores, que agora torcem para conquistas como a Certidão Negativa, Cadeira de Fisioterapia e até o Drone, feitos que orgulhariam qualquer torcedor (contém ironia).

A pergunta que fica é: quando vamos torcer novamente por times competitivos e audaciosos, que desafiem os gigantes do futebol brasileiro e participem de grandes partidas e decisões? Quando?

Saudações Esmeraldinas. Continuamos apoiando o Goiás, mesmo que o clube pareça ter dado um ‘cobertor muito curto’ para nós torcedores.

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