Opinião: Goiás ganha tempo para arrumar a casa

Goiás
Foto: Rosiron Rodrigues

Após mais um resultado negativo, derrota em casa para o esforçado time da Chapecoense (12º), o Goiás (9º) ganhou quase duas semanas de preparação para o próximo confronto na Série B, contra o Operário (8º), no dia 17/07, em Ponta Grossa/PR, às 21h00. O Esmeraldino terminou a 14ª rodada da competição com 21 (vinte e um) pontos, há dois pontos do quarto colocado (Sport, com 23 pontos).

O aproveitamento é de exatos 50% (cinquenta por cento), o que mantém o clube próximo da média necessária para retorno à elite, porém, atrás de clubes com menor tradição e poderio financeiro, como é o caso do próximo adversário e de equipes como Vila Nova, Sport, Avaí, Mirassol e Novorizontino.

Chama atenção, no momento, a divergência de opiniões entre os integrantes do clube (jogadores/comissão técnica) e parte da torcida/imprensa, sobre o desempenho do time. Estou, obviamente, ao lado da torcida e posso afirmar que o Goiás vem jogando mal, demonstrando toda sua limitação e, o que é mais grave, gerando um grande desgaste na relação entre time e torcida.

E posso afirmar, sem medo nenhum de errar, que não há expectativa de melhora para um time que não tem meio-campo e que contratou mais um “caminhão” de atacantes, sendo um centroavante de ofício (Edu) e dois “jogadores de beirada” (Mateus Gonçalves e Rildo), sem notícias de que contrataremos algum jogador com condições físicas mínimas para exercer a função de “camisa 10”, peça que não dispomos no elenco. Não dá pra fazer futebol na base do improviso. Isso não funciona, principalmente, quando se tem um grupo com tantos “vaga-lumes”, como parece ser o caso do elenco do Goiás.

Ainda sobre o tema – jogadores de meio de campo – não há como deixar de fazer uma crítica aos que contrataram o meia Régis. É decepcionante ver um clube do tamanho do Goiás ter tanta paciência com um atleta com capacidade física duvidosa. Do ponto de vista jurídico, podem até dizer que o atleta se machucou nos treinos ou em qualquer outra atividade, mas fica uma sensação de que falta profissionalismo no trato dessa contratação e de todas as que envolvem jogadores fora de atividade.

Não estou jogando a responsabilidade pela queda na tabela e de rendimento para cima do Régis. Aliás, ele quase não joga e não tem um substituto. Luiz Henrique não tem técnica, tampouco físico ou disposição para a função. Se já jogou como meia, não deve ter tido muito sucesso. O fato é que ele não deve ser utilizado nessa função. Se for e isso é decisão do treinador, estaremos fadados ao fracasso, já que ele não ajuda na marcação e não dá assistências para os atacantes. Pode até mudar com os treinos e a sequência de jogos. Mas não sei se haverá tempo pra isso, diante da impaciência dos torcedores e dos resultados negativos.

Essa última derrota mostrou que nosso meio campo é limitado e precisa urgentemente de ser reforçado. Ou é isso, ou terei que aderir àqueles que defendem que falta capacidade técnica e comando ao treinador Márcio Zanardi ou que o clube, sob o comando da nova diretoria, não tem tanto dinheiro e tanta “criatividade” para ir ao mercado que, por outro lado, não oferece muitas opções.

Para corrigir a falta de meio campo de qualidade, precisaremos ter laterais mais eficientes e uma defesa mais organizada. Levamos 08 gols nos últimos seis jogos. Até a partida contra o Sport, tínhamos sofrido somente 04 gols em oito jogos. A queda de desempenho não é só do ataque ou a falta de efetividade do ataque tem sobrecarregado a defesa. É preciso considerar esse fator e trabalhar nisso, já que estamos perdendo rendimento dentro e fora de casa.

Torço muito para que Zanardi consiga rearrumar a casa e reencontrar o caminho das vitórias. Serão dois jogos fora de casa, contra Operário/PR (17/07) e Guarani/SP (21/07). Até lá, como diz o poeta, pode acontecer tudo, inclusive nada! É difícil que, em caso de duas vitórias, o Goiás não volte ao G-4. Contudo, dois resultados negativos podem deixar as coisas bem ruins pelas bandas da Serrinha. Que a equipe volte a jogar com mais raça e convicção, pois só isso poderá nos colocar nos caminhos das vitórias.

Por fim, não consigo entender aqueles que defendem alguns nomes de treinadores, alguns que até já passaram por aqui, como é o caso de Jair Ventura, bem como os que sugerem possíveis opões de jogadores para o Goiás. Isso não é papel da torcida, nem da imprensa. Cabe a diretoria cumprir seu papel e ao grupo (atletas e comissão técnica) corresponderem às expectativas e entregarem aquilo que se espera deles. Como dito, não temos muita margem para erros e paciência não é o forte da nossa sofrida e desconfiada Nação Esmeraldina. É hora de voltar a vencer!

ETERNAMENTE SEREI GOIÁS!

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