Opinião: Goiás tem os mesmos erros, mas o que aconteceu desta vez é inédito

Saudações Esmeraldinas!

O Goiás está rebaixado para a Série B de 2024! Não matematicamente, mas moralmente o time já caiu. A decisão da diretoria de dispensar o técnico Armando Evangelista a quatro rodadas do fim, foi uma admitir o que para muitos torcedores já é uma certeza. Evangelista, com o elenco limitado, fez o que pôde, mas alguém precisava ser o bode expiatório.

Os erros do Goiás são crônicos, uma triste constância que perdura por gestões. A família Pinheiro, que há tanto tempo comanda o clube, viu o prestígio se tornar um fardo. O Goiás, em vez de evoluir, tornou-se reativo, um coadjuvante no cenário futebolístico brasileiro. O olhar para frente desapareceu; agora, o Goiás é o coitado do futebol, pobrezinho, sem dinheiro, residindo em um lugar ruim (vide o CEP do Estado).

Essa é a triste realidade do Goiás hoje, longe do time competitivo das décadas de 90 e 2000. O clube está em processo de atrofia, perdendo sua força e se desorientando em seu próprio contexto.

O ciclo do Goiás na Série A parece seguir uma fórmula: permanência em um ano, rebaixamento no próximo, falta de recursos, disputa da Série B, acesso, e assim por diante.

O Goiás se tornou um time de Série B que faz visitas ocasionais à Série A. O torcedor conhece esse enredo porque se repete, sem mudanças significativas.

Surpreendentemente, o Goiás está vivenciando um fracasso inédito em suas altas esferas diretoras. O insucesso agora é atribuído aos que, em outros tempos, elevaram o Goiás a novos patamares, colocando-o no mapa do futebol. O fracasso desta vez é assinado com o sobrenome Pinheiro, na presidencia executiva e do conselho deliberativo, algo nunca visto antes no Goiás.

É uma situação desconhecida para eles, aparentemente sem saberem como lidar. Afinal, de quem será a culpa desta vez? Em quem depositaremos a responsabilidade pelo rebaixamento do Goiás? A pergunta paira no ar…

Mas, calma torcedor, embora o rebaixamento tenha chegado, o clube tem dinheiro em caixa e está livre de dívidas, algo diferente de gestões passadas(contém ironia).

Os mesmos erros persistem, como se o Goiás estivesse preso em um ciclo eterno, chegando ao fim para recomeçar mais uma vez. O símbolo místico do Ouroboros, representado por uma serpente que morde a própria cauda, parece descrever a situação do Goiás. A cada repetição, no entanto, o Goiás fica menor, perdendo torcedores pelo caminho.

Temo o dia em que não restará ninguém, nem mesmo para escrever textos e expressar opiniões, quando não houver mais ciclos a serem iniciados. Saudações Esmeraldinas!

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