Opinião: Nem estádio próprio salva o Goiás

Goiás
Foto: Divulgação/GEC

O Goiás passou boa parte do primeiro turno lutando para não figurar na zona de rebaixamento, até que as mudanças na comissão técnica e a chegada de novos jogadores contribuíssem para dar uma boa estabilidade ao time, que foi somando pontos, principalmente com vitórias fora de casa, e saiu de uma situação incomoda, o que lhe possibilitou sonhar com algo melhor na competição.

Entretanto, o grande diferencial na campanha esmeraldina tem sido o péssimo desempenho em seus domínios. Acreditem, em casa, a campanha do Goiás também é para rebaixamento, eis que o clube é apenas o 17º melhor (ou pior) mandante. São 38% de aproveitamento em casa, contra 30% de aproveitamento fora. Entretanto, somos o 10º visitante.

Foi grande a campanha e a euforia pelo chamado estádio próprio, mas a velha Serrinha, cujo nome oficial homenageia o saudoso Hailé Pinheiro, não deu ao Verdão o trunfo de jogar em um alçapão. O estádio não está à altura do seu nome, porque estamos falando de uma lenda, um verdadeiro cartola do futebol e um grande empresário. Se isso pode mudar, só o tempo vai dizer.

Outro ponto interessante é nossa média de público. Considerando a capacidade do estádio e a carga de ingressos disponibilizada, não temos uma média de público baixa. Mas quando comparada aos nossos rivais, temos uma das piores médias da Série A (18ª). Se, por exemplo, a Serrinha lotasse (capacidade: 14.525), estaríamos em 17º lugar no ranking de público e renda. Ou seja, temos um problema.

Obviamente, o público do Goiás caiu muitos nos últimos anos. O que fazer para mudar esse quadro, só o tempo dirá. Primeiro, temos que nos reencontrar em campo como time. Segundo, a torcida precisa entender que vaias e protestos não ajudarão nessa altura do campeonato. O grupo de jogadores e a comissão técnica precisam de confiança e segurança para trabalhar e isso passa pelo apoio da torcida que, mesmo insatisfeita, pode dar uma trégua.

Nosso próximo compromisso é em casa contra o São Paulo, pela 27ª rodada, no dia 18/10 (quarta-feira, às 21h30). Depois receberemos em Goiânia: Vasco (29/10), Bragantino (01/11), Santos (08/11), Cruzeiro (22/11) e América/MG (03/12). São 06 (seis) jogos em Goiânia, ou seja, 18 (dezoito) pontos em disputa, o que nos permitiria chegar aos 45 (quarenta e cinco) pontos. Considerando a média dos últimos anos, daria para escapar do rebaixamento. Vejam a importância de vencer em casa.

Temos, ainda, os seguintes confrontos em terreno inimigo: Cuiabá (21/10), Fluminense (25/10), Coritiba (05/11), Atlético/MG (12/11), Grêmio (26/11) e Fortaleza (29/11). Não consigo pensar que é um caminho mais fácil. A sequência de jogos terá curtos intervalos até o final do Brasileirão. É normal a perda de jogadores por suspensão ou por problemas físicos. Não há como escapar disso.

Portanto, precisamos que traçar nossa estratégia e entender qual é o papel de cada ator nessa reta final de Série A (clube, time, comissão técnica e torcida). Será que nosso estádio próprio nos salvará?! Precisamos acreditar nisso. É hora de empenho total de todos, pois Série B “é osso”! E olhe que, além daquele time do Setor Universitário, teremos jogos pouco empolgantes da segunda divisão. Acreditem, não é lugar para o Goiás. Nosso clube e nossa torcida merecem mais.

ETERNAMENTE SEREI GOIÁS

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