Opinião: O Goiás inicia sua renovação

Goiás
Foto: Divulgação/GEC

Chega ser intrigante você imaginar que é possível o Goiás passar por uma renovação iniciada pelo ex-presidente executivo e tendo, ainda, no processo o atual presidente do conselho deliberativo e parte dos conselheiros que viviam nas sombras da inércia, pois hoje temos uma nova diretoria, a quem desejo sucesso, composta por pessoas desconhecidas, pelo menos por mim, no ambiente do clube (aquele que um torcedor comum tem acesso), e menos conhecida ainda no mundo do futebol.

A exceção é justamente a presença no novo CEO Luciano Paciello, empresário, com larga experiência em gestão de empresas, principalmente no ramo esportivo. A ele eu desejo pleno êxito nessa empreitada, pois todos ganham nesse processo, caso Luciano seja bem-sucedido. O clube, também, já anunciou a chegada de Agnello Gonçalves, jovem profissional, que estava no Fortaleza, que chega para ser Executivo de Futebol.

Outra grande novidade, ainda não oficial e difícil de compreender, é a eventual contratação do treinador. Parece que o Goiás abriu negociações com Maurício Barbieri, treinador conhecido nacionalmente e que já comandou o Verdão. Confesso que não fiquei muito feliz com essa provável contratação. Parece-me uma excelente pessoa e um profissional muito dedicado, mas sua postura não é condizente com seu currículo e resultados. Às vezes soa-me como uma pessoa arrogante e “cabeça dura”. Agarra-se às suas convicções e não há quem o faça mudar de ideia. Prova disso é que deixaria a Série A e viria para a segunda divisão iniciar esse trabalho de recuperação.

Entretanto, os boatos que giram em torno do desacerto demonstram que a nova diretoria não tem muita convicção para contratá-lo ou para contratar um treinador. As supostas exigências de Barbieri não me parecem questões passíveis de obstar um acerto, mas, ainda bem que não vingou. Pelo que se ouve nos bastidores, mudou a direção, mas parece que a maçã pode continuar caindo perto da árvore. Espero que esteja errado, mas começar a temporada com um monte de novatos nas respectivas funções, como já adiverti antes, pode não ser um bom negócio.

Agora, teremos um longo processo na busca por renovação no elenco. São muitas as especulações sobre saídas, mas ainda não tive informações sobre os reforços ou contratações para reposição de elenco. Estou tranquilo sobre o assunto e penso que, como só jogaremos competições importantes a partir de abril, é preciso ter calma, para não desperdiçarmos tempo e dinheiro.

E como fica o estadual? Na minha opinião, o Goiás deveria fazer testes, visando, sobretudo, testar sua base, o elenco remanescente e as apostas. Após o campeonato estadual, poderemos investir pra valer e tentar acertar na busca por reforços. Não dá pra misturar paixão e com metas e objetivos. O estadual mais atrapalha, por conta da rivalidade, do que nos ajuda, até porque nivelamos muito baixo com rivais de pouca expressão nacional e que vivem, assim como nós, mais em baixa do que em alta.

Se, como disse Paciello, queremos mudar de patamar como clube, temos que mudar a mentalidade geral, inclusive da torcida, que é parte importante do processo. Gosto muito das organizadas esmeraldinas, mas jamais apoiarei essas brigas com as torcidas locais, com comportamentos que lembram facções criminosas. Acredito que não seja a regra nas organizadas, mas é preciso que os torcedores deem exemplo em todos os cantos, principalmente nas periferias, onde tem uma grande massa de gente nobre, principalmente trabalhadores, que não merecem sofrer os impactos das guerras entre torcidas, seja nas, ruas, seja nos estádios ou nos terminais e ônibus do transporte coletivo. Tomem consciência e se afastam do mal que é essa rivalidade estúpida e das pessoas que querem brigar a qualquer custo. Isso não é que queremos para o Goiás.

Gostaria de terminar essa coluna agradecendo. Mas ainda não dá para agradecer ao clube por nada, ao menos em 2024.

Todavia, esse agradecimento eu restrinjo ao Portal Esmeraldino e à grande Nação esmeraldina. Obrigado aos guerreiros e guerreiras resilientes que prestigiaram o Goiás, principalmente nos estádios. Tivemos aqueles que chegaram a sair do País para apoiar o clube. A torcida ajudou, mas diversos fatores contribuíram para mais um ano de fracasso.

Registro aqui minha solidariedade aos familiares dos esmeraldinos que perderam seus entes queridos em 2023, principalmente à família do saudoso Élvis Carlos Mendes, que nos deixou recentemente. Élvis se aventurava pelos gramados, jogando no gol, sempre com a camisa do Goiás. Era uma apaixonado, assim como a maioria de nós.

Finalmente, assim como quero ver o GOIÁS gigante, eu desejo que sua torcida tenha sucesso. Desejo a todos um FELIZ NATAL, repleto de paz amor e muita harmonia, e um PRÓSPERO ANO NOVO. Que 2024 seja um ano de muitas realizações pessoais e profissionais para todos.

ETERNAMENTE SEREI GOIÁS

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