Opinião: O que esperar do Goiás nesse início de Série B

Goiás
Foto: Rosiron Rodrigues

Eis que depois dos vexames que marcaram o início da temporada esmeraldina em 2024, chegamos ao início do Campeonato Brasileiro da Série B, com o Goiás indo a campo amanhã, às 18h00, em Fortaleza/CE, para sua estreia, contra o Ceará, na Arena Castelão, com um time renovado, a começar pela comissão técnica, comandada pelo treinador Márcio Zanardi, e com possíveis estreias dos novos contratados, dentre eles os zagueiros Lucas Ribeiro, David Braz e Messias, o volante Marcão e o meia (atacante) Thiago Galhardo.

Não há dúvidas que os sentimentos que afetam nossa torcida são os mais variados, dentre eles a ansiedade, a euforia, a expectativa e, para não ser muito otimista, a desconfiança. Mas não é hora para cobrança, nem tampouco para exigir resultados positivos logo de cara, já que jogaremos fora de casa, contra uma equipe mais bem preparada do que a nossa. Vai levar um tempo para termos em campo uma equipe que renda um futebol mais condizente com os nomes que aí estão e dos que chegaram.

Obviamente, uma equipe vencedora é construída a partir dos treinamentos, mas sua identidade é forjada jogo a jogo, e creio que o Goiás, ainda que vença o Ceará ou a Ponte Preta, em casa (28/04), precisará de ao menos um mês para ter essa resposta. Esse momento é novo para a maioria e ainda precisaremos alinhar nossas expectativas. Temos um grupo com muitos jogadores jovens e outros tantos acima dos 30 anos de idade. Essa transição precisa ser feita com cuidado, até para não perdermos ninguém por lesão.

Sem fugir da raia, eu digo a vocês que muita coisa mudou desde a saída da antiga comissão técnica e do diretor de futebol. E o clube agiu com mais eficiência e assertividade nas contratações, muitas delas agrandando aqueles que acompanham futebol mais de perto. Melhorou? É óbvio, que sim. As mudanças impostas nos últimos dias agitaram a Serrinha e alguns agora sabem que, se não render, vão embora.

Espero que Márcio Zanardi saiba separar as coisas e não inicie aquele processo de construção de uma família no Goiás. Família cada um tem a sua. Aqui precisamos de profissionalismo e de resultados. Eu vejo muitos torcedores e pessoas da imprensa que se apegam a certos nomes do elenco, mas, antes de qualquer pessoa que aí está, eu sou Goiás. Nós passamos e o Goiás fica. E o clube que ficou tem estrutura de sobra, mas não ganha de ninguém há muito tempo. Nos rebaixamos a nível muito baixo e temos de conviver com zoação de equipes que a alguns anos atrás estavam com as portas fechadas e disputaram a Série B do Campeonato Goiano.

Mas agora é hora de virar a chave. O que eu espero do Goiás é que o grupo tenha atitude, mostre personalidade e comprometimento. A Série B é longa e desgastante. O nível de exigência física é incomparável. São dez estados brasileiros representados e teremos jogos nas regiões norte, nordeste, centro-oeste, sudeste e sul. Só paulistas teremos sete adversários, pra vocês verem o nível de dificuldade, ainda que a maioria desses clubes não tenham um poderio financeiro superior ao nosso. E não podemos esquecer que ainda temos a Copa do Brasil. Até prova em contrário, temos de acreditar numa participação mais longeva. Acho que temos chances reais de brigar pelo acesso e hoje estamos melhores que ontem.

Contratamos, literalmente, um caminhão de jogadores. Só para remorar, temos a nossa disposição: Ángelo Rodríguez, Breno Herculano, Cristiano, David Braz, Denzel, Diego Caito, Dieguinho, Douglas Borel, Edson Felipe, Edu, Ivan Torres, Jhonny Lucas, Juninho, Luiz Henrique, Marcão, Martín Rea, Messias, Murillo, Nathan, Paulo Baya, Pedrinho, Rafael Gava, Régis, Sander, Simioni, Tadeu, Thiago Galhardo, Thiago Rodrigues, Welliton, Wellington Matheus, e Yan Souto. Não é um super time, mas é um elenco que me deixa esperançoso e confiante. Como já disse, mais uma vez estarei firme apoiando nosso Verdão!

Já temos torcedores escolhendo seus xodós ou preferidos no elenco e não vou questionar isso. Faz parte e espero que todos ganhem nessa relação time/torcida:

Precisamos pontuar na maioria dos jogos, mas principalmente em casa. E para isso precisamos contar com um grupo sério e uma torcida envolvida no processo, como sempre foi. Tomara que amanhã nosso grupo saiba controlar o desgaste da viagem e as dificuldades do jogo e, quem sabe, não volte com um bom resultado. Não será fácil, mas futebol tem suas surpresas. O Goiás precisa e nossa torcida merece.

ETERNAMENTE SEREI GOIÁS!

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