Opinião: É possível construir um novo Goiás Esporte Clube

Goiás
Pedrinho- Foto: Arquivo Pessoal

Eis que a temporada 2024 se inicia e com ela renovam-se as esperanças da parte de uns, e desconfiança da parte de outros, fazendo com que o ambiente esmeraldino seja marcado por uma pressão emocional, mas com grandes contornos de tensão no ambiente, já que muitos torcedores e críticos do Goiás Esporte Clube perderam a paciência e a confiança na diretoria e conselheiros do clube.

Justifico essa introdução por dois motivos: 1º) falamos de um clube recém-rebaixado para a Série B e que não vence um campeonato estadual desde 2018, ou seja, há quase seis anos; 2º) a instituição passou por alterações em sua estrutura administrativa recentemente, sendo que a maioria dos profissionais contratados para atuar dentro e fora de campo chegou ao Goiás há menos de um mês.

O clube é o mesmo e seus compromissos com o futebol e sua torcida se mantém inalterados, pelo que estamos diante desse paradoxo, onde se transfere aos novos integrantes do Goiás Esporte Clube a obrigação de resgatar o prestígio do clube, sobretudo no cenário nacional, já que o Verdão voltou à Série A em 2022 e só conseguiu permanecer na elite por duas temporadas, sempre com muito sofrimento.

Agora, temos que destacar o currículo dos novos integrantes da diretoria, principalmente Luciano Paciello e Agnello Gonçalves, que são pessoas respeitados e com alguma credibilidade no mercado do futebol, além da nova comissão técnica, capitaneada por Zé Ricardo, treinador com boa rodagem no futebol e que já dirigiu clubes com maior história e estrutura do que a nossa. É isso mesmo. Não tenho dúvidas de que esses nomes são capacitados o suficiente para devolver o Goiás para a Série A, aconteça ou que acontecer.

É possível construir um novo Goiás Esporte Clube. E passa pela mudança de mentalidade e comportamento de todos, incluindo da torcida. Nem todos são tão fiéis ao clube como muitos membros de torcidas organizadas que sempre tentam ir aos jogos e são os que mais apoiam durante as partidas. Por isso, o exemplo tem que vir de todos os lados, sem esquecer os fracassos e promessas não cumpridas das últimas diretorias. O que não podemos é ficar só criticando e deixar o apoio real e a cobrança efetiva por conta dos outros. Rede social ajuda, mas é só um mundinho à parte. A vida acontece aqui fora!

Quanto ao elenco, obviamente há uma base mantida, estando a maioria dos atletas remanescentes treinando desde o início da temporada, o que não deixa de ser positivo, já que nomes experientes permaneceram no grupo e podem ajudar nesse processo de reconstrução. Hoje temos:

Goleiros: Tadeu, Thiago Rodrigues, Ezequiel e Murilo Lopes.

Zagueiros: Mina, Nolasco, Anthony, Edu, Sidimar e Yan Souto.

Laterais: Weverton, Diego Caito e Sander.

Volantes: Wellington, Lustosa, Edson, Simioni, Jhonny e Nathan.

Meias: Luiz Henrique, Iván Torres, Juninho, Alan, Matheusinho e Dieguinho.

Atacantes: Paulo Baya, Getúlio, Allano, Anderson, Denzel, Breno, Pedrinho e Vinícius.

Não é uma seleção e está claro que se trata de um elenco em formação, devido a falta de algumas peças, sejam reforços, sejam reposições, constatação que, obviamente, todos no Goiás tem plena consciência. O que importa saber é se esse grupo vai dar liga e se os atletas terão a química necessária para criar um time vencedor.

Na minha opinião, não temos um elenco inferior aos principais concorrentes ao título. Só estamos atrás na preparação, mas nem isso é algo que me incomoda, já que o importante é o final, quando poderemos chegar à decisão e garantir o título do Goianão, além de fazer um início consistente de Série B, para alcançarmos o acesso. É preciso que esse elenco tenha a sabedoria e malícia necessária para entender logo onde está pisando.

Compreender bem o peso emocional das rivalidades e saber administrar as provocações, já que estão no Maior de Todos, ainda que disputando uma segunda divisão. Futebol se ganha dentro e fora de campo, além de ser necessário utilizar mais a mente do que o corpo em algumas situações nos jogos. Que os bastidores e a catimba nos ajudem desta vez.

Não vou aqui criticar quem chegou ou quem saiu. Viverei o presente do clube. Vou economizar meus recursos para garantir uma camisa oficial nova e renovar meu contrato de sócio-torcedor, que é um meio bem viável para ajudar o clube e garantir o acesso mais facilitado aos jogos. Já sofri bastante com o Goiás e não vou gastar energia antes da hora. Estarei com o Verdão até o fim desta temporada, na esperança de que esses homens que aí estão, junto com os que ainda chegarão, serão capazes de garantir nosso sonhado acesso e o título estadual.

ETERNAMENTE SEREI GOIÁS.

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