Presidente do Goianésia rebate Goiás no caso Michael: “palavra e contrato se cumprem”

Foto: Nayra Halm/Imago Images/Fotoarena

Em entrevista ao programa PUC TV Esportes, o presidente do Goianésia, Marco Antônio Maia, falou sobre a ação que o clube move na justiça contra o Goiás Esporte clube por causa da falta de pagamento de uma das parcelas da venda do atacante Michael, atualmente no Flamengo.

De acordo com o dirigente do Goianésia, quando o Goiás negociou o atacante com o time carioca no início de 2020 por 7,5 milhões de euros, também adquiriu os 5% dos direitos econômicos do Goianésia por 495 mil euros, no entanto, o pagamento proporcional da última parcela não foi realizado. Marco Antônio Maia também revelou que o vice-presidente do conselho deliberativo do Goiás, Edminho Pinheiro, que é o responsável pela negociação, teria avisado que se os valores não fossem revistos, o Goianésia poderia procurar a justiça para receber.

“Acertamos em 495 mil euros em três parcelas. O Goiás vendeu a parte dele por 7,5 milhões de euros para o Flamengo também em três parcelas de 2,5 milhões de euros. Em fevereiro de 2020, o Goiás recebeu a primeira parcela e o Goianésia recebeu o proporcional de 165 mil euros. Em julho, teria o pagamento da segunda parcela, mas o Flamengo em razão da pandemia pediu que fosse parcelada e pagou 60% dos 2,5 milhões de euros, o Goiás aceitou, o Goianésia também, e recebemos 60% proporcional aos 165 mil euros. Agora estava acertada a terceira parcela de 2,5 milhões de euros e o Goiás teria dois dias para repassar ao Goianésia os 165 mil euros. O Flamengo não conseguiu honrar novamente e passou 50% – 1,25 milhão de euros, o Goianésia teria direito a 82,5 mil euros. Os nossos advogados entraram em contato com os advogados do Goiás, nos foi repassado um terceiro aditivo do contrato sobre o que ficou em atraso das parcelas, o Goianésia assinou, ficamos aguardando, mas não foi pago. Entrei em contato com o Edminho (Pinheiro), mas ele disse que não concordava com a negociação da antiga diretoria com o Marcelo Almeida e que teríamos que abrir mão de alguns valores, e que se isso não fosse feito, só receberíamos na justiça. Já acertamos com o nosso jurídico para cobrar”.

Na entrevista, Marco Antônio Maia aproveitou para relembrar que o Goianésia tem todos os documentos para cobrar o Goiás. “Não é o padrão que o Goiás vinha seguindo nos últimos anos. Pois honravam seus compromissos, mas não vamos sentir a pressão do Goiás. Vamos até o fim. É o justo, o que foi acordado. Temos todos os documentos. Vamos mostrar para essa parte da diretoria do Goiás que palavra e contrato se cumprem”.