Rassi fala sobre o seu afastamento e já pensa em volta ao Goiás

Goiás
Sérgio Rassi, ex-presidente do Goiás - Foto: Reprodução

Em entrevista para a Rádio Sagres 730, pelo jornalista Thiago Rabello, o ex-presidente Sérgio Rassi falou pela primeira vez sobre o seu afastamento do clube e já articula nos bastidores um possível retorno na diretoria do Goiás.

“Na verdade, é primeira vez que eu venho na reunião de Conselho. A primeira vez que eu vim foi na inauguração na sede do nosso campo, algo idealizado na nossa gestão. De forma muita elegante, o Seu Hailé (Pinheiro) me convidou para que eu pudesse participar. Foram os dois episódios que eu vim ao Goiás. Se me perguntar a razão disso, eu não sei dizer. Talvez sejam vários motivos. Quando entrei no futebol, como o Seu Hailé diz, eu entrei com um ideal lá em cima, mas em alguns quesitos, eu não conseguir torna-los plenos”, diz

Questionado se almeja voltar no futuro na diretoria, Sérgio Rassi falou sobre os seus planos: “Cargo executivo jamais. Isso eu falo prontamente. Cargo executivo é muito sacrifício. Eu tenho pena de presidente executivo de futebol. Não vale a pena. É um sacrifício muito grande e você não é reconhecido. Claro que tem pessoas que fazem mau uso dessa posição, mas aqueles que fazem bom uso, não tem o devido reconhecimento. Para o executivo, eu jamais pleitearia. Eu fiz na minha gestão tudo que eu sonhei fazer. Criei cargo de gestores no clube. Antes era apenas cargo de confiança não remunerados. Hoje todos são profissionalizados e são remunerados. Isso dá liberdade para cobrar ainda mais dessas pessoas. Tivemos um ganho de patrimônio de 54% na nossa gestão. Obtivemos todas as certidões de débito negativadas, coisa que o Goiás nunca teve na vida. Conseguimos o patrocínio da Caixa. Fomos tricampeões goianos, mas isso é muito pouco perto do que eu sonhava. Mas no futebol veio essa desilusão. Eu sonhava, ao sair do clube, poder encher o peito e dizer que conquistei alguma coisa grande nos gramados, mas não consegui. Eu cheguei a conclusão, infelizmente, de que no futebol, exercendo o executivo, eu chego a questionar se tem lugar para honestidade, boa intenção e lisura. Eu chego a questionar isso nos dias de hoje”, diz.

Por fim, o ex-dirigente falou sobre a falta de desonestidade que existe no futebol: “O meio em geral. São poucas as pessoas que eu hoje lembraria em dizer que têm ou tinham um caráter ilibado, uma conduta exemplar. É muita mentira, falsidade, egocentrismo. Isso o futebol me decepcionou. Obviamente continuo torcendo para o Goiás, mas sem o fanatismo. Hoje enxergo o futebol de uma maneira diferente. Isso, estes quatro anos me ensinaram”, completou.