Retrospectiva: Copa Sul-Americana de 2010

A Copa Sul-Americana, também conhecida em espanhol como CONMEBOL Sudamericana, é o segundo maior torneio continental disputado entre os clubes da América do Sul. Em seu formato atual, a competição teve início em 2002, e desde então passou por algumas mudanças importantes, como a adoção da final em jogo único em 2019, e também a divisão em três fases distintas a partir de 2021.

Reconhecida por suas partidas muito competitivas e por contar com a presença de grandes clubes brasileiros, argentinos, chilenos e uruguaios, entre outros, a Sul-Americana possui várias edições históricas. Entre elas, está a inesquecível edição de 2010, que culminou em uma acirrada disputa entre Brasil e Argentina.

Relembre o início da disputa

Na edição de 2010, as equipes brasileiras e argentinas entraram já na segunda fase do torneio, na etapa anterior às oitavas de final. Três confrontos entre brasileiros marcaram essa fase, Goiás x Grêmio, Santos x Avaí e Vitória x Palmeiras, nos quais ficou consumada a eliminação de Grêmio, Santos e Vitória.

Classificados para a etapa seguinte da competição, Goiás e Palmeiras ainda vieram a se enfrentar mais adiante na disputa, já nas semifinais, após o Goiás ter eliminado Peñarol e Avaí, e o Palmeiras ter levado a melhor sobre o Universitário de Sucre e o Atlético Mineiro. Após perder o primeiro jogo em casa por 1×0, no Serra Dourada, o Goiás contrariou as probabilidades do futebol e venceu de virada o Palmeiras por 1×2, em pleno estádio Pacaembu lotado de torcedores palmeirenses.

O Goiás, sob a liderança do ídolo Rafael Moura, conseguiu igualar o placar nos últimos minutos do primeiro tempo, com uma cabeçada de Carlos Alberto. Já na etapa final, o equipe esmeraldina marcou o gol da classificação em outra jogada de cabeça, dessa vez com Ernando, e se estabeleceu como o representante brasileiro na grande final da Copa Sul-Americana.

A decisão final

Do outro lado da chave, o adversário do Goiás foi o Independiente da Argentina, que se classificou para a decisão após superar a LDU. Um dos times mais tradicionais de seu país e de todo o continente, o Independiente é até hoje o maior ganhador da Copa Libertadores da América, com sete taças, o que demonstra o peso dessa final de campeonato.

O jogo de ida da decisão aconteceu no Serra Dourada, e terminou com um placar de 2×0 a favor do time da casa, cujos gols foram marcados por Rafael Moura e Otacílio Neto. Com a vantagem adquirida pelo Goiás, o Independiente iniciou o jogo de volta bastante pressionado e precisando balançar as redes. Curiosamente, todos os gols da partida aconteceram ainda no primeiro tempo: 3×1 para os argentinos.

Com a soma dos placares das duas partidas, o empate em 3×3 levou a decisão do título para as penalidades máximas, algo pouco frequente em finais de torneios sul-americanos. Após uma partida corajosa, em que o time buscou se manter ofensivo apesar de toda a pressão sofrida, o Goiás acabou perdendo nos pênaltis por 5×3, com um erro na batida do atacante Felipe, que mandou a bola na trave.