Sagres 730: Comentaristas opinam qual pode ser o futuro de David Duarte no Goiás

O Goiás só negocia o zagueiro David Duarte se tiver dinheiro envolvido. Esse termo pode ser facilmente utilizado quando o assunto é a saída do zagueiro, seja para o Fluminense, que demonstrou interesse nos últimos dias, ou qualquer outro clube do futebol brasileiro ou estrangeiro.

Mesmo com o contrato terminando no fim de 2021, com a possibilidade de assinar um pré – contrato com outra agremiação, o Goiás não abre mão de receber. Não aceita jogadores em troca, mas pelo menos algo proporcional, ou razoável, dentro dos 40% que tem direito sobre os direitos econômicos de David, 26 anos, que estreou no profissional em 2015, com 152 jogos oficiais vestindo a camisa esmeraldina.

Recentemente, em entrevista ao Jornal O Dia, o defensor demonstrou o interesse de defender o Tricolor das Laranjeiras, mas ressaltou que não quer sair do Goiás pela ‘porta dos fundos’. O que pode ser melhor? Ceder para receber algo? Ir até o fim do contrato mesmo com um jogador que poderia ficar insatisfeito no elenco? Comentaristas da Sagres 730 deram sua opinião.

Evandro Gomes

“Essa Lei Pelé foi extremamente danosa aos interesses dos clubes de futebol. O exemplo está aí no Goiás, com o caso David. O jogador tem contrato até o final do ano, são nove meses ainda pela frente, só que em julho, ele já pode assinar um pré – contrato e se desligar no final do ano, de graça. Isso é certo para um clube, que formou o jogador, gastou tanto com ele ao longo de tantos anos? Não é, mas é a lei, foi criada, aprovada, os clubes sofrem com isso e quem ganha dinheiro são os empresários. Acho que o Goiás não deve facilitar, não. Conheço bem o Edminho, sei como ele age nestes momentos. Ele vai defender todos os interesses do Goiás, e o David não fique pensando que vai sair tão barato assim”.

José Carlos Lopes

“Na vida como no futebol, você tem que saber ceder. Já viu aquela história de dar um passo atrás para dar vários à frente? Essa é a situação do Goiás com o David Duarte. A lei está do lado do jogador e do empresário. No meio do ano ele pode fazer um pré – contrato com outra equipe, aí o Goiás perde o direito de negociar o jogador e perde o atleta que não vai ter mais cabeça para jogar pelo clube. Aliás, ele já não vem jogando bem, então acho que o Goiás precisa ceder. Se não tem a confiança de receber dinheiro do Fluminense é outra coisa, mas se tem como receber, é melhor ganhar um pouco do que não ganhar nada”.

Cléber Ferreira

“O estilo do Goiás negociar jogadores é esse mesmo. Não basta um time querer um jogador do Goiás ou ele querer jogar por outro clube. O negócio tem que ser bom para o Goiás. Se não for, ele não realiza. O Goiás não cede jogador por outros jogadores e prefere perder o jogador no final do contrato do que fazer um negócio mal feito. Sempre deu certo, a gente não pode criticar o Goiás”.