Téo José fala sobre as contratações do Goiás para a Série B e sobre sua expectativa para a temporada

Torcedor declarado do Goiás Esporte Clube, o jornalista Téo José sempre foi polêmico e nunca teve medo de falar abertamente sobre os erros cometidos pela diretoria esmeraldina. Hoje narrador do SBT e comentarista da Rádio Sagres 730, Téo falou sobre o que achou das contratações do Goiás para a Série B deste ano. Confira:

O Goiás entra numa Série B diferente de todas as outras que ele participou, agora entra com um orçamento muito menor porque dentro do novo acordo de televisão ele não ganha mais o que ganhavam vários times que disputavam a Série A e eram rebaixados para a Série B.

E esse é o maior problema do Goiás que sempre soube trabalhar com um orçamento pelo menos razoável e agora não tem esse valor, é um orçamento deficitário. Até por isso as contratações que foram feitas não foram contratações de impacto, foram muitas apostas e quando você aposta, você pode acertar ou errar.

O Pintado, há 17 anos trabalhando como treinador depois que encerrou a carreira de jogador, conseguiu apenas um título que foi em 2004 com a equipe da Inter de Limeira quando conquistou o acesso para a primeira divisão do Campeonato Paulista, venceu a Série A2. Não é um currículo pra gente observar e falar: “vai dar certo”.

Os dois jogadores que se falam são o Alef Manga e o Bruno Mezenga. Eu me lembro do Bruno Mezenga quando ele saiu das categorias de base do Flamengo, naquela oportunidade eu narrava alguns jogos do Campeonato Carioca pela Band, então me lembro que a chegada dele no time profissional foi cercada de muito expectativa, mas não vingou. Depois ele passou um tempo na Turquia e passou por times menores.

Em termos da carreira completa dele, ou seja, 17 anos, hoje ele é um atleta com 34, a média de gols por ano é menos de sete. Foi o artilheiro do Campeonato Paulista, ok, foi o melhor ano dele como jogador. O Alef Manga, outro atleta que o Goiás trouxe, que foi artilheiro do Campeonato Carioca, a média de gols dele na carreira é menos de três por ano.

Então quando você olha os números friamente, você ficar bem preocupado. Espero que essa boa fase dos dois na temporada passada esteja no Goiás agora na Série B.

Com relação ao Apodi, ele é um desejo antigo do Harlei Menezes, vice-presidente de futebol. Há cinco, seis anos, ele já tentava trazer o Apodi, mas naquela época alguns diretores acabaram ‘barrando’. Eu gosto, acho que ele pode se dar bem na equipe do Goiás.

Agora, não tenho nenhuma segurança que esse segurança que esse time vai subir para a Série A. De todos os times do Goiás com relação a Série B, esse é o que eu tenho menos confiança. Espero, sinceramente, estar errado. – Téo José para a Sagres Online.