Torcedores não gostam do futebol no amistoso

Tudo parecia tranquilo para mais um jogo do Goiás. Depois de uma semana de treinos, o time esmeraldino encarou o Anápolis, time da Série D comandado por Drubscky e que também buscava testar jogadores para a continuidade da 4ª divisão nacional. Fácil? Não. O time esmeraldino jogou mal, e não saiu de um empate por 1×1.

Renan, Rossi, Alex Alves e outros atletas sequer participaram das atividades. O goleiro, inclusive, pode estar negociando sua saída para o Palmeiras. Márcio, que já foi testado no segundo tempo, falhou no gol do Anápolis, e assim tornou sua primeira impressão com a torcida a pior possível. Para completar, Patrick não gostou de torcedores insinuarem que o mesmo só vai para baladas, e acabou por discutir com isso. Resultado? Expulsão por nervosismo.

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Foto: Rosiron Rodrigues / Goiás E.C.

O torcedor Adriano Teixeira fez questão de falar sobre o Patrick: "É um juvenil. É dificil. A torcida foi pegar no pé dele, e ele reagiu a isso. O momento é difícil? Sim, mas o jogador tem que analisar também. Não pode ficar indo para balada. Tem que treinar bem, tem que saber o que fazer," explicou.

Sobre Condé, Adriano foi duro: "É um treinador que veio para o Goiás, mas não existe. É um treinador que não existe. Hoje era visível. O Drubscky parecia disputar uma final de campeonato no amistoso. Já o Condé? Não. Ficava no banco sem fazer nada. Onde já se viu? Time na faixa de rebaixamento da Série B, time de tradição nessa situação, e o cara sentado no banco. É um jogo treino? Sim! Mas o cara tem que botar banca em jogador. Nem posicionamento os jogadores tinham direito. É difícil, lamentavelmente difícil…"

Sobre a postura da equipe, Adriano foi ainda mais incisivo. "Não tem esquema tático. O jogo foi a mesma coisa de sempre. Time ruim. Primeiro tempo tivemos o gol do Carlos Eduardo, que já tinha errado uns dois gols no começo. O time não cria, não tem marcação correta. Na lateral direita o Johnathan sai, e não tem cobertura. O Wesley Matos não consegue fazer a cobertura. Não tem um zagueiro para cobrir lateral. Tá difícil. O gol de empate foi numa atrapalhada de Felipe Macedo com o Márcio, o Felipe Macedo recuou, e o Márcio chutou e a bola voltou para o gol. Foi assim, taticamente não foi mais nada. Jogo centralizado demais, e a expulsão do Patrick foi ridícula. Apelou feio. Jogo fraco. O treino não tem adiantado para nada."

O torcedor Gabriel Aires também falou ao Portal. Explicou ser difícil falar sobre 'aquele' jogo, mas tentou resumir a sua opinião: "Me parece que ao invés de evoluir, o Goiás regrediu nessas semanas. Se antes estávamos animados porque o Condé tinha dado uma melhora no sistema ofensivo, no jogo de hoje nada aconteceu."

Sobre o sistema defensivo, Gabriel explicou: "Anda muito falho. Carlos e Léo Sena não recompõem. Johanthan e Juninho foram muito mal. Mas, vale lembrar: a dupla de zaga não foi muito exigida. Tanto é que não lembro de nenhuma defesa do Ivan no primeiro tempo".

As novas contratações também foram alvos de avaliação do torcedor, assim como outros já do elenco. "Do Léo Gamalho não tem muito o que falar. Só pego uma vez na bola, deu um chute a gol e foi aplaudido pela jogada. Adriano deu segurança para a zaga, um jogador de desarme, pé de ferro. Artur também é bem seguro. Márcio, apesar de ter falhado no gol, foi pouco exigido. No meio, Léo Lima precisava voltar para buscar a bola o tempo todo," disse.

De um modo geral, a torcida parece não ter gostado do que viu. As principais críticas foram em relação a passividade de Léo Condé, e o nervosismo de Patrick. Mas, além disso, o todo também não agradou. O amistoso não tranquilizou a todos, pelo contrário, preocupa ainda mais para a última partida do primeiro turno, que já é na terça-feira da semana que vem.