Aprendemos com nossos erros?

Foto: Divulgação/GEC

Nosso ultimo momento do futebol esse ano foi dia 17/11/2018. Nesse dia conseguimos o tão buscado acesso e de lá pra cá festejamos sem parar. Até esquecemos que esse acesso era obrigação e não glória. A vida financeira do clube dependia desse acesso, o apoio da torcida dependia desse acesso, o nosso nome dependia desse acesso. Tivemos seguidos anos de erros, principalmente na montagem de elenco. Vou lembrar alguns destaques que passaram por aqui: Victor Bolt, Pedro Bambu, Junior Viçosa, Tiago Luiz, Walter entre tantos outros que somaram para absolutamente nada.

Quando enfim contratamos alguns jogadores fora das nossas divisas, e que foram destaques no ano anterior, como Giovanni e Lucão, subimos mesmo que de forma arrastada. Então aprendemos com os nossos erros e chegou uma era de sucesso? Absolutamente, não é isso que temos visto. As minimas expectativas do torcedor, esse que apoiou durante todos esses 3 anos, não tem sido atendidas. Continuamos com a prática de buscar jogadores que são refugos, alguns que sequer conseguiram se firmar como titulares no ano passado, com a certeza que o nosso “Spa” fará a recuperação dos mesmos. Aparecem algumas especulações, que soam muito mais como um “cala a boca torcida” do que algo palpável.

Outro erro que recorre são as contratações de “destaques” dos rivais, mesmo tendo exemplos suficientes para abandonar essa prática. Geovane, contratação confirmada, é bom jogador, porém passou boa parte do ano parado por lesão e temos 0% de certeza que virá para ser titular. Essa contratação também escancara a limitação do poder de fogo do diretor de futebol, que quando fora do estado, só consegue negociar com jogadores que são minimamente disputados com qualquer outro time. Alguns usam o argumento de inoperância de outros clubes nesse período, sem nenhuma contratação relevante, mas venho lembrar que nós dispensamos mais de 15 atletas e estamos obtendo fracassos em tratativas de renovação, como é o caso de Lucão e Giovanni. Outros usam argumento da montagem completa do elenco após o estadual, mas não consigo concordar com essa ideia, já que o nosso treinador é estudioso e tático e precisa ter tempo para minimizar as fragilidades e potencializar as qualidade. Não temos uma boa base para trabalho relevante e o medo toma conta dos esmeraldinos.

Apesar de pessoalmente aprovar a contratação do Barbieri, temos ciência da pouca atratividade que o nome dele tem para angariar jogadores. Seria suprida essa deficiência por um nome forte na direção de futebol, nome ativo, que apesar de usar do respeito, usaria também da agressividade. Também não temos! O problema poderia ser minimizado se tivéssemos ao menos 1 ou 2 nomes de peso no elenco, jogadores que apesar de jovens tem relevância no futebol brasileiro. Isso nos custaria dispor de uma quantia maior, e não sei como essa direção aborda essa possibilidade. Espero que ao menos feche com Danilo, que apesar da idade avançada, trará bagagem e mentalidade vencedora, algo que evidentemente nos falta.

O que sei é que o as coisas no departamento de futebol precisam ser mudadas de forma rápida. A torcida, essa que ama e apoia o clube, não suporta mais a figura do nosso diretor de futebol. Não tenho críticas a vida pessoal do mesmo, mas o trabalho é completamente irrelevante. Toda nossa estrutura, grandeza regional, não nos manterá na serie A ano que vem. Perfil de contratações precisam ser mudadas de forma emergencial, senão nadaremos de braçada para mais um fracasso.

Ps: Meu Goiás, tenha consideração com quem te ama, nos mostre ao menos o que pode ser almejado em 2019. Nos dê motivos para aderir ao nação. Nos dê motivos para acreditar em sorrisos nesse novo ano!