Em quatro anos consecutivos, sobramos no campeonato Goiano e começamos o Brasileiro muito distante dos nossos objetivos. E Começamos o quinto ano com um roteiro exatamente igual. Enquanto tenho sido taxado de chato e corneteiro por enxergar inúmeras deficiências nesse time que voa em um campeonato quase amador, torcedores estão enchendo a boca para falar que esse time é o melhor dos últimos anos (como se não fosse obrigação depois de campanhas pífias). Postura que, apesar das experiências nos últimos anos, parece ser a mesma da diretoria (torço para que eu esteja equivocado).
O Goiás hoje é um time unilateral. Quando joga com o time titular, se apoia totalmente no lado direito com Michael, que esta sobrecarregado. Quando os reservas jogam, Hermes tem sido um dos mais acionados, e mesmo assim continua sendo banco para o Jefferson. Acredito que é a permanência do Jefferson no time titular se dá muito mais por uma questão de “coerência” e “justiça” do que por mérito próprio. Só vale lembrar que por coerência com jogadores, a seleção brasileira vem sofrendo duas copas consecutivas. Vale lembrar a manutenção de Gabriel Jesus, enquanto Firmino claramente passava por momento muito superior.
O “craque” Marlone, que veste a camisa 10, tem grande responsabilidade nesse repertório singular ofensivo. Acobertado por dois gols na primeira rodada contra o fraquíssimo Goiânia, o meia que seria responsável por trabalhar jogadas, acionando e municiando o ataque, por diversos momentos some do jogo. Quando aparece bem, se coloca ocupando espaços próximos a Michael e Kevin. Léo Sena, surpreendentemente, tem sido o jogador mais importante do time, fazendo por diversas vezes o papel de armador.
Porém, os centro avantes inofensivos que compõe o nosso elenco, é o problema mais gritante para mim. Jr. Brandão e Brenner revezam na função de conseguir seguidos insucessos. Brandão se movimenta bem, mas se mostra bastante ansioso e atrapalhado quando tem a bola. Perdeu uma chance contra o CRB, furando livre de marcação. Brenner, que aparenta estar fora de peso, se mostra completamente perdido quando entra no jogo. Se posiciona mal e não tem boa movimentação e poder de finalização. PRECISAMOS DE UM CENTRO AVANTE QUE CHEGUE PRA RESOLVER! Ser referência para o Michael e para o ponta que ocupará o lado esquerdo e acima de tudo, faça gols!
Na fatídica partida contra o CRB, Kevin, Geovane e Léo Sena foram acima do restante do time. Quando Rafael Vaz (esse que cobrou a penalidade que só pode ser definida por um adjetivo: RIDICULO) decide sair jogando com esses ao invés de insistir no fracasso dos seus lançamentos, o time consegue construir. Defensivamente, o time deve muito a Geovane, que tem uma grande capacidade de destruir jogadas do adversário. Sidão não pode dar mais motivos para a torcida ter razão. Falha grotesca no gol e quase entregou outro com os pés.
Desclassificados da Copa do Brasil, e em momento algum merecemos essa classificação (é só lembrar que empatamos graças a um erro do juiz)agora é hora de focar em contratar peças pontuais que permitam que não voltemos para série B, o que seria um prejuízo desmedido inclusive para a construção da Arena. O Goiano não pode ser parâmetro para um time que é muito maior em todos os aspectos que qualquer adversário. Apoiar o Barbieri, acima de tudo, é dar peças para que ele possa colocar suas ideias em prática.
Veja mais notícias do Goiás, acompanhe os jogos, resultados, classificação e a história do Goiás Esporte Clube.