O perfil que eu quero.

Enfim voltamos pro nosso lugar! Depois de tantos dias de luta, chegaram os dias de glória, como dizia o poeta Chorão.

Mas o simples fato de estarmos na SÉRIE A, não é a garantia de que os nossos dias de glória realmente chegaram. Esse ano pudemos ver a campanha pífia do Paraná no Brasileirão, que caiu na mesma velocidade que subiu, deixando escancarado o estrago que a falta de planejamento na montagem de um time pode fazer.

E este planejamento se dá inicialmente pela escolha de um técnico. Este que vai analisar as possibilidades de renovação dos atletas que estiveram conosco na divisão de acesso, este que vai poder indicar os seus jogadores de confiança e também estudar o mercado de forma ágil para contratar jogadores de qualidade. Há quem diga que não precisamos de pressa para definir esta questão, mas enquanto “aguardamos melhores opções”, outros clubes se municiam de bons jogadores e treinadores.

Eu não consigo imaginar um bom caminho que se pavimente com treinadores que tem um certo renome nacional, mas que trazem consigo uma grande bagagem de fracasso e de intromissão em setores que não convém. Cito como exemplo desse tipo dois nomes: Marcelo Oliveira e Wagner Mancini. Ambos os treinadores, ano após ano, vivem de briga contra o rebaixamento, mesmo tendo vasta experiência e sendo “consagrados”. Precisamos olhar para outra direção.

Históricamente o Goiás traz em sua trajetória bons momentos vividos com técnicos que iniciavam a sua carreira. Exemplo mais recente é Ederson Moreira, que mesmo sob contestação conduziu o time ao título da série B e quase nos levou a libertadores. Outro bom exemplo é do tecnico Cuca em 2003, que fez uma das campanhas de recuperação mais históricas do clube, se assemelhando a de Ney Franco nesse ano. Vejo alguns nomes que emergem com potencial semelhante, como Jair Ventura, Zé Ricardo e Thiago Larghi. Estes que apesar de ter nas mãos elencos deficientes, conseguiram, se não demonstrando bons resultados, mostrando uma maneira evoluída e positiva de fazer futebol. Pessoalmente, prefiro esse perfil!

O ano de 2019 vem com muitas mudanças no futebol brasileiro. Provavelmente teremos nas mãos a maior receita da história para montar um elenco competitivo, e encontraremos a frente clubes sofrendo com a desorganização. Acertar na escolha do treinador é fundamental para começar com o pé direito esse ano que esta chegando. Ter um bom técnico, que conhece e tem nas mãos o elenco, é caminhar a passos largos para o sucesso.

E você, o que quer pro verdão?