Em janeiro de 2020, o Goiás Esporte Clube surpreendeu a todos de forma positiva quando anunciou a contratação de seu novo camisa 10 para aquela temporada. Tratava-se de Daniel Bessa, meia do Hellas Verona, da Itália. O jogador, que foi destaque da base da Inter de Milão, estava há mais de 10 anos no futebol europeu e havia escolhido o Esmeraldino para realizar o sonho de jogar profissionalmente no Brasil.
Emprestado ao Goiás, Bessa teve início promissor, anotando três gols e dando uma assistência em nove partidas. A pandemia, no entanto, acabou frustrando os planos do meia, que voltou ao Hellas Verona no final da temporada brasileira. Em entrevista concedida à Goal, Daniel Bessa relembrou sua passagem pelo Verdão e revelou alguns motivos que o atrapalharam a jogar pelo Goiás.
Daniel Bessa comenta sobre sua passagem pelo Goiás
Você ficou bastante tempo no futebol europeu e em 2020 decidiu voltar. O que te motivou a vir ao Brasil?
O que me motivou foi que, depois de muito tempo na Europa, principalmente na Itália, onde cheguei desde as categorias de base, foi buscar um novo desafio. Vinha recuperado de uma lesão grave, o campeonato aqui estava na metade e no Brasil iria ser o começo. Fui em busca desse desafio de atuar no meu país de origem, jogar e para retomar o meu futebol após um período parado.
2020 acabou sendo um ano bem marcante na história da humanidade com o surgimento da Covid-19. Você acredita que a pandemia tenha atrapalhado um pouco seus planos?
Acabou atrapalhando muito, não só a mim mas a todos. O Brasileiro ainda não tinha começado, estávamos na Copa do Brasil, na Sul-Americana e indo para a fase final do Goiano. Era onde o time começava a engrenar, estava feliz, bem e com ritmo. Chegou em um momento de parar tudo, um ano totalmente atípico e que dificulta até hoje. Fico chateado, pois era um ano muito importante para mim, de voltar ao Brasil e desejava coisas melhores. Mas tenho convicção de que o começo me deixou boas esperanças.
O que você encontrou de mais dificuldade no futebol brasileiro e o que mais te surpreendeu por aqui?
O mais complicado foi a distância, com muitas viagens, já que Goiânia fica afastada da maioria dos outros estados que estão nas disputas das competições nacionais. Isso atrapalha, com um calendário apertado e esses deslocamentos que nos atrapalham a poder ficar mais com a família e também a descansar.
Você teve um ótimo início, não foi preciso um tempo para se readaptar? O que ficou dessa experiência?
Foi muito bom para mim, podendo jogar, fazendo gols, passes… Meus números acabaram sendo bons, participei de diferentes competições, mas acho que precisaria de mais tempo para saber se me adaptaria bem ao futebol brasileiro. Fica difícil definir, depois veio a pandemia, mas a experiência para mim foi positiva, com grandes ensinamentos, uma sequência de 23 jogos e cinco gols.
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