Opinião: Goiás acerta 100% em limpa no elenco

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Foto: Rosiron Rodrigues

O Goiás Esporte Clube promoveu nas últimas semanas uma verdadeira barca de saídas. Com a janela de transferências aberta, o clube esmeraldino contratou diversos reforços, e ao mesmo tempo, o técnico Armando Evangelista liberou a saída de vários atletas que não seriam mais utilizados. No total, mais de 10 jogadores já deixaram o GEC nesse mês de julho. Outras saídas ainda podem ocorrer.

Armando revitaliza elenco do Goiás com saídas

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Foto: Wildes Barbosa / O Popular

Após a chegada do técnico português Armando Evangelista, o Goiás parece finalmente ter entrado nos trilhos quando se trata de profissionalismo no futebol. Como qualquer treinador de qualidade, Armando exige um elenco que se encaixe em suas ideias de jogo. Tal exigência é o MÍNIMO que a diretoria pode fazer para o trabalho fluir.

Em mais de 1 mês e meio de trabalho, o português testou diversos jogadores que estavam no plantel esmeraldino. A prova de que o elenco foi extremamente mal montado é clara: ONZE jogadores deixaram o clube e SETE foram contratados. Praticamente uma reformulação no meio da temporada. Confira os nomes de quem saiu e quem chegou:

DEIXARAM O CLUBE

  • Fellipe Bastos – volante (foi para o Avaí)
  • Felipe Ferreira – volante (foi para o Sport)
  • Jhonny Lucas – volante (foi para o Vitória)
  • Zé Ricardo – volante (retornou para Tombense)
  • Nathan Melo – volante (foi para o ABC)
  • Ariel – meia (foi para o Londrina)
  • Matheusinho – meia (foi para o Mirassol)
  • Julián Palacios – meia (foi para o Atlético-GO)
  • Matheus Peixoto – atacante (foi para o Atlético-GO)
  • Luiz Filipe – atacante (negocia com o Vila Nova)
  • Lucas Emmanuel – atacante (teve o contrato rescindido)

FORAM CONTRATADOS

  • Higor Meritão – volante
  • Luis Oyama – volante
  • Raphael Guzzo – meia
  • Anderson Oliveira – atacante
  • Allano – atacante
  • João Magno – atacante
  • Matheus Babi – atacante

Alguns torcedores do Goiás ficaram revoltados com a liberação dos atletas Matheus Peixoto e Julián Palacios. Ambos fecharam com o Atlético-GO, rival do alviverde goiano. No entanto, a revolta não se justifica e não faz NENHUM sentido. Os dois jogadores não faziam parte dos planos de Armando Evangelista, pois não se encaixavam nas ideias de jogo do treinador.

A queixa de alguns se dá por esses atletas reforçarem um rival local. Acontece que este rival em questão sequer disputa a mesma divisão que o Goiás. Além disso, os dois jogadores não pertenciam ao GEC, estavam emprestados, portanto, eles que escolheram defender o time rubro-negro. Beira a estupidez quem cogita a possibilidade do clube esmeraldino manter os atletas pagando um salário considerável para ambos não atuarem. Gastar acima dos seis dígitos por mês apenas para não “reforçar” um rival que sequer luta pelo acesso na segunda divisão.

A torcida pediu profissionalismo, o treinador português trouxe com ele. O Goiás está acima de qualquer jogador, o coletivo é o mais importante, então que a vontade do mister seja feita. O torcedor esmeraldino que se preocupa com um rival que está na 11ª colocação da SÉRIE B está diminuindo o tamanho do Goiás.

Um elenco inchado e com jogadores encostados só traz problemas. Diferente do costume brasileiro, a escola europeia preza por planteis enxutos, com peças que realmente serão aproveitadas. Dessa forma, os treinamentos fluem melhor, qualquer chance de “panela” por parte de atletas sem jogar é expurgada, a folha salarial abre espaço para novas contratações de qualidade e o técnico trabalha exatamente com o que ele deseja.

Quando a crítica é necessária, ela sempre será feita. Agora, quando é preciso reconhecer a boa escolha que foi contratar Armando Evangelista (mesmo que muito tarde), também é dado tal reconhecimento. Que para 2024 o elenco seja montado em janeiro, sem apostas e contratações bisonhas. Término de estaduais e janela de julho NÃO É PARA MONTAR OU REFORMULAR ELENCO, E SIM PARA ACERTAR O QUE ESTÁ FALTANDO!

Aos torcedores que estão chiando com a saída de Matheus Peixoto e Julián Palacios: deixem o portuga trabalhar e parem de “mimimi”.

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