Opinião: Na Serrinha, Goiás deve amargar 2° rebaixamento em três Campeonatos Brasileiros disputados

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Foto: Divulgação/GEC

Goiás e São Paulo se enfrentam na noite de amanhã (18), às 21h30, em duelo válido pela 27ª rodada do Campeonato Brasileiro Série A 2023. O confronto será realizado no Estádio Hailé Pinheiro, onde o time esmeraldino tentará voltar a vencer após mais de dois meses.

A Serrinha não é a casa do Goiás

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Foto: Divulgação/Goiás EC

Como já está explícito no título, este texto é um artigo de opinião, logo, não quer dizer necessariamente que é uma verdade absoluta, e sim apenas o ponto de vista da pessoa que o escreve. Portanto, convido aqueles que discordarem a expressarem suas opiniões contrárias no campo dos comentários.

Assim como o fato de ser um artigo de opinião, o título deste texto traz outra verdade nua e crua: o Goiás caminha para ser rebaixado pela segunda vez em apenas três edições do Campeonato Brasileiro Série A disputadas no Estádio Hailé Pinheiro, também conhecido como Serrinha. E sim, não sou um tolo de achar que a culpa dos rebaixamentos é do estádio, sei reconhecer os péssimos planejamentos e as gestões incompetentes que proporcionaram isso. No entanto, chega a ser ASSUSTADOR o quanto o Goiás fracassou neste estádio desde que passou a mandar todos os seus jogos por lá.

Começando pelo ano de 2020, ainda na gestão Marcelo Almeida, o GEC foi merecidamente rebaixado no Brasileirão. Naquela mesma temporada, além do rebaixamento, o Goiás amargou uma eliminação para a Aparecidense no estádio Hailé Pinheiro, pelo Campeonato Goiano daquele ano. Na campanha do Brasileirão, além do rebaixamento, uma goleada vexatória de 4 a 0 para o Ceará marcou a campanha esmeraldina na Serrinha.

Em 2021 o Goiás não disputou Série A na Serrinha, mas isso não impediu o clube de protagonizar papelões dentro de “sua casa”. Ainda no Goianão, o Verdão foi massacrado pelo Atlético-GO por 3 a 0, dentro da Serrinha, em jogo válido pelas quartas de final do Campeonato Goiano daquele ano. E apesar de ter chegado até o mata-mata da competição, o GEC não foi rebaixado para a divisão de acesso por apenas dois pontos. No Brasileirão Série B, o acesso foi conquistado, mas com uma derrota para o rival Vila Nova por 2 a 1, novamente dentro do estádio Hailé Pinheiro.

Veio a temporada de 2022, os estádios cheios novamente, a pandemia sendo controlada, e o GEC ainda mandando suas partidas na Serrinha. No Goianão daquela temporada, o GEC voltou a disputar uma decisão após duas edições seguidas sendo eliminado nas quartas. Porém, depois do presidente Paulo Rogério protagonizar um papelão e ameaçar jogar o troféu no lixo, o time esmeraldino foi completamente dominado e perdeu por 3 a 1 para o Atlético-GO dentro da Serrinha, vendo o rival levantar o troféu diante de sua torcida. Parecia ruim, mas o pior ainda estava por vir.

Ainda em 2022, o Goiás fez uma campanha tranquila na Série A, e apesar de ter sido massacrado por 4 a 0 para o São Paulo dentro de casa na última rodada, o campeonato do GEC não foi ruim. A campanha na Copa do Brasil também aparenta não ter sido horrível, já que o GEC chegou até a fase das oitavas de final, certo? Não! Novamente diante de uma Serrinha lotada, o Goiás foi humilhado pelo Atlético-GO, dessa vez, 3 a 0, sem gol de honra. Uma eliminação vergonhosa dentro do estádio pé quente (contém ironia).

Chegamos ao ano atual, 2023. O Goiás voltou a decidir o Campeonato Goiano com o Atlético-GO, e dessa vez houve uma evolução: o Goiás GANHOU o jogo dentro da Serrinha! Apesar da vitória no tempo normal, o GEC foi superado nas penalidades, tendo que ver pelo segundo ano consecutivo o rival rubro-negro comemorar o título na cara do torcedor alviverde. O Brasileirão Série A desse ano dispensa comentários. Na Surr.. quer dizer, Serrinha: 5 a 0 para o Palmeiras, 6 a 4 para o Bahia e apenas três vitórias em treze jogos como mandante (até o momento). Certamente o estádio Hailé Pinheiro marcará o segundo rebaixamento em apenas três edições do Brasileirão que foram disputadas por lá.

Neste texto me limitei a falar apenas dos resultados dentro de campo, buscando provocar o leitor e principalmente aos amantes do modesto estádio. Mas se for para falar na prática, a Serrinha é um estádio com muito POUCO conforto para o torcedor. Além do fato de não ter um mísero estacionamento, a Serrinha não tem cobertura alguma (a das cadeiras não protege de NADA), existem pontos cegos nas cadeiras coladas em pilastras, uma tela enorme e um vidro grosseiro foram impostos ao torcedor, além de todo desconforto do mundo para sentar naquelas cadeirinhas, um setor extremamente apertado onde não se pode sequer mexer as pernas.

Mas tudo isso fica em segundo plano quando comparado com o pior problema do estádio Hailé Pinheiro: a capacidade! Limitar os jogos do Goiás ao público máximo de 14 mil pessoas é inaceitável. E como se não fosse possível piorar, os cartolas sequer comentam sobre ampliação, pois é algo que ainda está longe de acontecer. Enquanto isso, o Goiás também não investe no futebol, fazendo seu torcedor assistir outro rebaixamento dentro de um estádio extremamente desconfortável.

Claro, segundo o Goiás o estádio é extremamente rentável, pois o clube não paga aluguel e tem o controle de todos os bares. Mas fica aqui a pergunta, será que um trocado vale mais que o conforto de seu torcedor? Ah, e para aqueles defendem a tese de que a torcida do Goiás prefere a Serrinha, faço o convite para realizarem uma pesquisa com TODA torcida do Goiás, não apenas os frequentadores da luxuosa Serrinha, até porque o Goiás carrega mais de 800 mil esmeraldinos ao seu lado, não apenas 13 mil.

Jogar na Serrinha é mais uma das medidas que diminuem o tamanho do Goiás. Enquanto isso, o Fortaleza, que estava na Série C em 2017, segue se tornando maior que o Goiás em diversos aspectos, inclusive no fato de jogar em um estádio de verdade, não em um local que limite o número de torcedores presentes nos jogos.

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