Arena Serra Dourada: Especialistas comentam possibilidades do estádio

Serra Dourada
Foto: Reprodução

Como trouxemos anteriormente aqui no Esmeraldino.com, o Governo de Goiás abriu um chamamento público de Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) para proposta de estruturação do Distrito de Esporte e Entretenimento do Complexo do Estádio Serra Dourada, composto pelo Estádio Serra Dourada, Ginásio Valério Luiz de Oliveira (Goiânia Arena) e áreas adjacentes. Uma das ideias é que este novo parceiro possa transformar o estádio em uma arena multiuso, que não fique restrita ao futebol e passe a ter fluxo diário de pessoas, com diferentes opções para consumo.

Especialistas comentam possibilidades no Serra Dourada

Serra Dourada
Serra Dourada – Foto: Seel

Em reportagem publicada pelo jornal O Popular, foram ouvidos alguns especialistas que opinaram sobre a transformação do Serra Dourada em uma arena multiuso, assim como vem sendo feito em São Paulo, com o estádio do Pacaembu, que acabou ficando esquecido pelos clubes da capital paulista. Confira algumas opiniões expostas nessa reportagem:

O problema não é acordo de parceria público privada para dar uma nova finalidade para o estádio. De fato, se não está sendo usado, vai ser oneroso e a tendência é que se desgaste com o tempo. Isso não é bom para ninguém. Só que a parceria, concessão que seja, tem que ser bem amarrada para que o estádio continue sendo o estádio. Não só arena de shows, por exemplo. O mais importante é o estádio não deixar de ser estádio. É o risco hoje no Pacaembu, é ele não ser usado por nenhum clube – opinou Irlan Simões, jornalista do Sportv, pesquisador do futebol e autor do livro “Clientes versus Rebeldes: novas culturas torcedoras nas arenas do futebol moderno”.

Quem também opinou foi o Doutor em Ciências Sociais pelo PPCIS/UERJ, Fábio Rios, reforçando que estudos técnicos precisam ser feitos para definir as melhores atividades econômicas, fora do ambiente esportivo, para a arena multiuso funcionar da maneira desejada.

Não depende só do modelo de eventos à disposição, tem que saber se a cidade está preparada para que o projeto dê certo. Consigo vislumbrar que o Pacaembu, mesmo com todas as críticas ao processo que foi feito, de descaracterização e tudo mais, economicamente talvez dê certo. São Paulo tem estrutura para receber isso, algo que talvez em outras cidades não dê certo – destacou.

Já o CEO da Allegra Pacaembu, Eduardo Barella, vê um projeto de arena multiuso para o Serra Dourada como uma maneira positiva de potencializar seu uso.

O Pacaembu, por exemplo, está a quatro minutos da Paulista e oito do Centro de São Paulo. Vejo sentido em ter um equipamento desse porte, similar ao Pacaembu, na região Centro-Oeste. Mas nada no Pacaembu é por achismo. Estudos foram feitos, é preciso entender o que pode ser melhor utilizado. No Pacaembu, por exemplo, tivemos o cenário para um shopping. Para nós, após estudos, foi melhor a escolha de ter um hotel. Você pode ficar hospedado, ter uma visão ampla do estádio, acesso para arquibancada, camarote, restaurante em cima do hotel. Nada no achismo, os estudos mostram o que seria adequado. Shopping não funcionaria, mas vamos ter lojas de varejo – explicou o gestor.

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