Forte Futebol: Grupo ao qual pertence o Goiás emite nota de esclarecimento sobre a não assinatura para criação da liga brasileira

Goiás
Foto: Marlon Costa / Pernambuco Press

O grupo de 14 clubes da Série A que se denomina Forte Futebol, ao qual o Goiás pertence, não assinou para a criação da liga em reunião realizada nesta última terça-feira (03). Após isso, o grupo publicou uma “nota de esclarecimento” na qual explica as razões para esta posição. Assinam o documento América-MG, Atlético-MG, Athletico-PR, Atlético-GO, Avaí, Botafogo, Ceará, Coritiba, Cuiabá, Fluminense, Fortaleza, Goiás, Internacional, Juventude.

Em resumo, os clubes afirmam que não concordam totalmente com os critérios de divisão das receitas apresentados por Bragantino, Corinthians, Flamengo, Palmeiras, Santos e São Paulo, anfitriões da reunião em que se criou a liga em São Paulo. Mas deixam claro que pretendem entrar na liga caso haja entendimento para solucionar esses pontos.

Confira a íntegra da nota publicada com a assinatura do Goiás

Goiás
Foto: Divulgação

Os clubes signatários receberam, na última sexta-feira, a convocação para a reunião realizada nesta terça-feira (03/05/2022) em São Paulo, com o objetivo de discutir os termos da criação da Liga de futebol profissional brasileira.

Os clubes prontamente se dispuseram a comparecer ao encontro, a despeito da convocação emergencial, demonstrando, com isso, que estão absolutamente cientes e engajados na formalização da entidade, com ampla adesão das Séries A e B.

Entre as muitas razões para a formação da liga está a premente necessidade de se elevar o nível de qualidade do futebol brasileiro, resgatando seu protagonismo no cenário mundial. O caminho para alcançar este objetivo é, sim, a construção de um campeonato forte, com clubes revitalizados e um padrão de equanimidade nas condições de disputa.

A ideia da liga tem o mérito de prever maiores receitas para os clubes, que poderiam conviver em um ambiente mais equilibrado financeiramente. Porém, as condições apresentadas para a incorporação das agremiações à Liga ainda não permitem exatamente o cumprimento do objetivo principal, que é a busca de uma equanimidade entre os clubes.

O documento apresentado e por ora assinado apenas por alguns Clubes apresenta regras de distribuição de receitas que pouco reduzem a atual disparidade de divisão de receitas. Há sim ali uma redução da diferença, mas ainda aquém do ideal, o que pode ser facilmente atingido por meio do diálogo.

Entre as várias questões a serem discutidas, os aspectos principais são o percentual previamente definido para a distribuição de receita igualitária, o limite a ser estabelecido como diferença de receita entre o primeiro e o último clube da competição. Há, ainda, outros pontos a serem debatidos, sobretudo no que tange ao critério de engajamento, mas que podem ser objeto de aprofundamento após o efetivo ingresso dos Clubes signatários na Liga.

Os clubes signatários desta carta se dispõem a assinar a formação da Liga tão logo seja possível uma análise aprofundada sobre os critérios mencionados, além de outros, de menor impacto e que podem ser analisados no momento oportuno, mas igualmente importantes, razão pela qual confiam que, até a próxima reunião, com possíveis avanços no entendimento de solucionar tais pontos será possível chegarmos a uma adesão de Clubes em maior número e com isso a formalização da Liga com muita força e unidade.