Após caso envolvendo Goiás, Atlético-GO tem novo problema com racismo no Antônio Accioly

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Foto: Ingryd Oliveira/Atlético-GO

No dia 08 de maio de 2022, Goiás e Atlético-GO se enfrentaram em partida válida pela 5ª rodada do Campeonato Brasileiro Série A. O jogo, disputado no Estádio Antônio Accioly, que terminou em vitória esmeraldina pelo placar de 1 a 0, ficou marcado por uma cena lamentável, envolvendo o volante Fellipe Bastos e um torcedor atleticano. Segundo relatou o então jogador do Verdão na época, ele foi vítima de um ato de injúria racial por um torcedor que o teria chamado de “macaco” duas vezes. Relembre a fala do jogador:

Aconteceu um ato racista. Eu estava saindo para o vestiário e um rapaz com óculos na cabeça me chamou de “macaco”. Eu voltei e falei para ele repetir. E ele falou: “macaco”. Me chamou duas vezes de macaco. No mundo em que a gente vive o ato racista nos deixa entristecido porque as pessoas que estavam ali do lado viram, as pessoas que estavam atrás de mim viram. O policial e os seguranças poderiam ter identificado o torcedor. É recorrente – declarou Fellipe Bastos.

Em resumo, o torcedor que teria cometido esse crime, nunca foi encontrado e segue impune até então. Porém, o Atlético-GO passou por outra situação parecida neste final de semana, mas dessa vez o denunciante foi um torcedor do Vitória, clube que enfrentava o Atlético no Estádio Antônio Accioly, pela Série B do Campeonato Brasileiro.

Após caso do Goiás, Atlético tem novo problema de racismo na torcida

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Soteropolitano, Robson Miranda é torcedor do Vitória e reside em Goiânia há três meses – Foto: Arquivo Pessoal / Divulgação

No jogo entre Vitória e Atlético-GO, que terminou empatado sem gols, pela 25ª rodada da Série B, um fato lamentável chamou a atenção nas arquibancadas estádio Antônio Accioly. O baiano Robson Miranda da Silva, 40 anos, torcedor do Vitória e residente em Goiânia há três meses, denunciou que foi vítima de injúria racial por parte de um torcedor atleticano.

Em entrevista ao Portal A TARDE, Robson contou detalhes da situação que ocorreu durante uma brincadeira entre torcedores dos dois clubes na praça esportiva. Ele contou com a ajuda de torcedores do Atlético e de um Segurança que trabalha no estádio, que o instruiu a procurar a polícia. O homem foi identificado e conduzido a uma delegacia, após ser filmado por outras pessoas próximas à confusão.  

Entrei no estádio e como nunca tinha ido, fiquei atrás do gol. Logo na divisória das torcidas. Um rapaz começou a provocar a gente que é normal em estádio. A nossa torcida é calorosa e começamos a provocar também. Apareceu um rapaz de ao menos 45 anos mandou a gente abaixar a bola. Ele passou a mão do braço, falando da cor e me chamou de preto e macaco. Eu parei de brincar e não reparei. O próprio segurança do estádio e dois torcedores do Atlético vieram até mim e perguntaram: “o cara te chamou de preto e macaco. Quer que eu chame a polícia?”. Eu respondi que sim – revelou.

A Polícia de Goiás me tratou super bem. Teve um torcedor que gravou coincidentemente quando estávamos discutindo sobre o jogo. E aí, pegamos as imagens do rapaz. Ele foi identificado no meio de mais de 10 mil pessoas. Eu identifiquei e confirmei que era ele, que foi detido e fomos na delegacia – completou.

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